quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

PROJETO SINUELO TRAZ PARA OS LEITORES DO MINHA QUERÊNCIA CINTIA DE LIMA KLAFKE, SUA TRAJETÓRIA DENTRO DA TRADIÇÃO GAÚCHA.


O Minha Querência retomando o projeto Sinuelo que visa buscar os modelos  e referências dentro da cultura regional para nossa juventude, lembrando que o primeiro nome do Projeto foi Diego Müller, nesta edição estamos trazendo a campeira Cintia de Lima Klafke, sua história e trajetória. Em breve nas páginas do Minha Querência "A Cultura Gaúcha em Revista".

MINHA QUERÊNCIA 16º EDIÇÃO



RELIZE DA 16° EDIÇÃO

Buenas!

O Minha Querência “A Cultura Gaúcha em Revista”, que tem o compromisso de aproximar a população de seus usos e costumes, tendo por ferramentas a Revista Minha Querência que é impresso e a Fan Page culturadaquerencia.blogspot.com, traz a seus leitores e seguidores em sua 16º edição uma pesquisa sobre o tema Terno de Reis existentes em Canoas, uma entrevista com o cantor Paulo Feijó, no Retratos da Querência trazemos in memoria Sr. Mario Monteiro e também a trajetória vitoriosa do SR. Octavio Longui.
Mais nosso time se consagrados  colunistas Sra. Carmen Gianini, Marcos Barbier, Cauê Nascimento, Fabricio Vasconcellos e Ivo Fiorotti. Na coluna Flor de Jujo de Dóris Biasuz de Souza, a sequência do projeto Sinuelos da Querência retratamos aqui a campeira e laçadora Cintia Lima Klafke.
Também temos a satisfação de anunciar nossos novos colunistas, na coluna Acordes Regionais o cantor Tiago Machado, na coluna Campo e Querência o narrador de rodeios e comunicador Lairton Pinheiro o “Marreca”, na coluna Estampa Gaúcha o fotógrafo Sandro Azevedo e na coluna Reflexão o músico Geraldo Trindade.
O mais importante de uma publicação não é o lucro, mas sim a qualidade e o teor de seu conteúdo.   

“NENHUM POVO É DONO DE SEU DESTINO,

SE ANTES NÃO FOR DONO DE SUA CULTURA”

sábado, 8 de fevereiro de 2014

ADEUS NICO NICOLAIEWSKY, ADEUS MAESTRO PLETSKAYA A CIDADE SENTE SUA FALTA.


Olha dois "loco" tangueando tragédias
Nos mostrando a Sbórnia 
que há no seu cantar
(Aguá no fogão - Pirisca Grecco)



O ator, músico, compositor e humorista Nico Nicolaiewsky morreu nesta sexta-feira, aos 56 anos. Ele sofria de leucemia e estava internado no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Segundo boletim médico, Nico faleceu às 5:30, em decorrência de complicações relacionadas à Leucemia Mielóide Aguda.
Conhecido, entre outros trabalhos, pela interpretação do maestro Pletskaya no espetáculo Tangos & Tragédias, no qual dividia o palco com Hique Gomez, Nico estava internado para tratamento desde janeiro. A temporada de verão do espetáculo no Theatro São Pedro, em Porto Alegre, havia sido cancelada em função da doença do artista.




258 ANOS DA MORTE DE SEPÉ TIARAJU




Sepé Tiaraju  Símbolo da resistência  do  povo Guarani   Esta terra tem dono! - Com esta pequena e grandiosa frase, o guerreiro guarani Sepé Tiaraju deu início à resistência da nação guarani contra o branco invasor.  Sepé Tiaraju liderou o povo guarani durante o período que vigorava a experiência dos Sete Povos das Missões, um trabalho realizado pelas missões dos jesuitas, a partir de 1534.     Portugal e Espanha, mesmo sendo nações rivais, faziam suas "armações" políticas ao sabor do vento dos interesses econômicos. Assim, através do Tratado de Madri, acabaram trocando a Colônia de Sacramento pelo local já conhecido por Sete Povos das Missões, o que acabou deflagrando o ódio dos índios contra os impérios luso e espanhol.     Sepé Tiaraju, que havia nascido nas missões de São Miguel, estudou com os padres jesuitas e, líder nato, foi elevado a cacique da nação guarani e comandou a resistência dos índios contra Espanha e Portugal.     O povo guarani habitava a região que compreende a banda oriental do Uruguai, parte da Argentina, Brasil e Paraguai, e era justamente essa parte que os espanhóis queriam anexar à coroa. Dai a célebre frase de Sepé Tiaraju e o começo das lutas.     O líder guarani é considerado o símbolo da indianidade das 215 nações indígenas que ainda habitam terras brasileiras. Sepé lutou pelo direito à terra, à cultura e lingua e pelos costumes do povo guarani. E com o estudo com os padres, ele conhecia perfeitamente os malefícios da dominação colonialista. Sua imagem ficou associada à imagem do homem da terra, dizendo não ao opressor. Em carta aos que queriam tomar as terras dos índios, Sepé escreveu: "Não queremos dar nossas terras. E não queremos andar e viver onde quereis que andemos e vivamos. Jamais pisaremos vossas terras para matar-vos ou empobrecer-vos, como fazeis aos índios guarani e o praticais agora"...     O primeiro herói brasileiro foi assassinado em 07 de fevereiro de 1756, na chacina de Caiboaté, perto de onde hoje é Bajé, RS. Sepé Tiaraju foi sepultado às margens do rio gaúcho Vacacaí. Antes do massacre, havia 150 mil índios guarani apenas nas missões. Hoje, em todo o Brasil, eles somam cerca de 41 mil almas, vivendo em sete estados: Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.



  Monumento a Sepé, Sanga da Bica no Batovi, 
São Gabriel, local onde foi morto Sepé Tiaraju.


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A CULTURA GAÚCHA ESTÁ DE LUTO, MORRE GIBA GIBA, A VOZ E ALMA DO SOPAPO.



“Nunca morrer num dia assim”... Giba Giba é bom tê-lo intacto na lembrança, seu discurso loquaz, sua africanidade no vestir, no sentir, no dizer o mundo através de sua arte. Pessoalíssimo, em sua boa e esplêndida negritude. Ele me dizia com aquele filosofar prolongado, sutil e gracioso: - “Não sou afrodescendente. Alguém é lusodescendente? Francodescendente? Sou negro e pronto, e me orgulho disso”.


Giba era uma unanimidade. Seu “sopapo” parece que expressava a batida de seu coração. Alegre, comunicativo. Quem escrever a historia da música popular do Rio Grande, a memoria de nosso carnaval e não conferir o maior realce ao seu nome comete crime de lesa majestade. Assisto em minha casa um documentário sobre Porto Alegre. Lá está em dose tripla a música de Giba Giba e seu grande amor pela cidade. E eu pergunto: terá existido pelas ruas de Porto Alegre, pelos caminhos desta terra, um sorriso mais aberto, mais iluminado do que aquele que o Giba trazia com contagiante espontaneidade.

Breve a Rede Globo em seus canais alternativos irá exibir um providencial documentário sobre sua obra. Nele o depoimento de seus amigos e parceiros. Seu convite muito me honrou, sua fidelidade aos amigos era absoluta. Tenho certeza do que o Giba proibiria a tristeza em seu adeus, mas não há como não ser invadido pelo desconsolo dessa perda.
Que seu trabalho venha à tona, seja redescoberto, valorizado, há nele a gloria de um estilo pessoal, onde o talento dançava com a alegria. Neste Rio Grande de nítidos traços da cultura ibérica e pampeana, ele reivindicava e propunha com maestria o legado contagiante da arte que a África conferiu ao mundo.

*Luiz Coronel é escritor e publicitário