segunda-feira, 20 de julho de 2015

CABANHA CALA BASSA - A TROPILHA DE CAVALINHOS DE PAU, O INÍCIO DE TUDO




FAMÍLIA MOGLIA

QUANDO SE FALA EM USOS E COSTUMES, DE FOLCLORE E CONVIVÊNCIA, ELES ESTÃO PRESENTES, ISSO AI É PRESENTE E FUTURO, CLARO QUE O PASSADO ESTÁ FIRMADO, MAS O PRESENTE ESTÁ AI PARA TODOS QUE QUISEREM VER.

NÃO ME FALEM DE PASSADO
QUANDO EU FALO DO PRESENTE...
DO MEU SANGUE, DA MINHA GENTE,
DA MINHA NOÇÃO DE ALMA.



LUIZ CORONEL, “UM HOMEM DE SEU TEMPO”




LUIZ CORONEL

“UM HOMEM DE SEU TEMPO”

“O Rio Grande do Sul é um estado ao sul de si mesmo”...

O tempo não desmiolou, não degringolou, não saiu da estrada. Ele esta procurando novos caminhos...
Há uma frase cruel sobre o regionalismo: “Querer restaurar a tradição é botar uma escada num muro que caiu”.  Eu acho que todo o regionalismo com tentativa de eleger o passado como paraíso perdido é inóculo, e fanfarrão. Mas acho que toda a linhagem folclórica nos oferece uma medida de nos dizermos quem eu sou, de onde vim e como eu falo.
Eu não acredito muito em Beatles da Cacimbinha nem de Rolling Stones de Caçapava, eu acho que nossa alma tem um andamento, uma memória que não deve ser perdida, o problema é dar a isso um trato de contemporaneidade, que fale do homem que vive hoje.
Não adianta andar de carreta, tu tem que saber que tem Trensurb,  não adianta falar só de cacimba, tu tem que saber que tem poço artesiano e Corsan.
A memória transladada ao presente e ao futuro através do milagre da criação que se chama arte. O que era Michael Jackson se não fosse as danças dos becos do Harley, O que é o Edu Lobo fazendo Upa Neguinho na Estrada , se não trazendo o folclore do nordeste, o que seria de Vida e Morte Severina  se não fosse a literatura de cordel nordestina, o que é o Tempo e o Vento se não um apanhado de toda a memória gaúcha da tradição
As pessoas não se lembram que a palavra TRADIÇÃO vem de andar pra frente “tradire” e a palavra revolução é para traz, revolver, então a tradição não está confinada ao passado, ela também, se trabalhada com esta visão histórica, uma forma de caminhar ao futuro, levando na mochila a memória.
Este foi um resumo da entrevista que Luiz Coronel concedeu ao programa Faces da TVE dia 07 de julho de 2015, reveja o programa Faces