sábado, 30 de junho de 2012

FÓRUM SOCIAL GAÚCHO 2012 - PARTE 7

 
Continuando a nossa série Fórum Social Gaúcho, como já assinalamos, este,  fórum não está atrelada á duração do Fórum Social Mundial, pois como somos regionais, somos uma constante e estes assuntos nos atropelam diariamente. Iremos abordar  nesta nossa sétima  postagem O racismo e a intolerância racial, assunto esse sempre em pauta, volta a tona numa força descomunal se dimensionarmos o tamanho de uma Eurocopa sendo o velho mundo (Europa), berço de potencias de 1º mundo.
Sabedores que este caso está a milhares de quilômetros de distância de nós, mas o Nico Fagundes cita uma tese Não somos tradicionalistas por amar o passado, mas sim por amar os valores, por que são eternos, o mais novo tem mais de 500 anos. 
DEFINIÇÃO DE TRADICIONALISMO DO DICIONÁRIO AURÉLIO

Então feita esta colocação que nos põe no eixo central desta discussão, e como este é um assunto universal temos o dever de estar-mos presentes e nos posicionar.

No jogo entre Alemanha e Itália, o mundo viu o maior gol contra o racismo, o jogador Balotelli da Itália, negro, depois de ser alvo de atitudes racistas de torcedores ucranianos, calou a boca deles da forma mais sensacional que um atleta pode dar, fazendo gols, gols não golaços, talvez tenha despertado um ódio ainda maior.
No esporte somente superado por Jesse Owens atleta norte americano que nos jogos Olímpicos de Berlim em 1936 calou a boca de ninguém mais do que Adolf Hitler com as 4 medalhas de ouro.
Balotelli deu um soco na boca do estomago do preconceito, da intolerância, do desamor ao ser humano. Não só calou os alemães, mas sim a qualquer pessoa que compactue com este tipo de prática.
Sabemos que calou o racismo por alguns momentos, mas que bom se tivéssemos Balotellis no mundo. Deixamos esta pergunta aos senhores, quantos Balotellis existem no Brasil e no Rio Grande do Sul?





É A TI MEU COMPANHEIRO
QUE COM A PELE MARCADA PELO TEMPO
VÊ O SEU SONHO DE LIBERDADE
SENDO TOCADO PELO VENTO

TRAZIDOS DE MUITO LONGE
OBRIGADOS A TRABALHAR
COMANFADOS PELO AÇOITE
NUNCA PEDIU PARA FICAR

SE HOJE AO CONTAR SUA HISTÓRIA...
CHORA AS DORES SOFRIDAS
ABRINDO SUAS FERIDAS
QUE O TEMPO NÃO SOUBE CURAR

MAS HOJE, SOMOS VENCEDORES.
POIS, AO MESCLAR NOSSAS RAÇAS...
DEMOS A ESTE POVO A SUA GRAÇA...
E NOSSOS MITOS A REVERENCIAR.

AGORA, SÓ O QUE NOS RESTA...
É DARMOS AS MÃOS COMO IRMÃOS
CAMINHAREMOS NA ESTEIRA DA VIDA
QUE DEUS, CURARÁ TODAS AS FERIDAS.

Omar Cruz Wigel


segunda-feira, 25 de junho de 2012

28º FEIRA DO LIVRO DE CANOAS - O RESCAUDO




28º FEIRA
 DO LIVRO DE CANOAS

Quero salientar a todos que defendo a bandeira do regional e da cultura gaúcha em nosso município. Por isso as críticas são em relação a estes assuntos, que é o maior movimento cultural de nossa querência.
Passada a 28 feira do livro de Canoas que teve como tema literário o centenário  dos Contos Gaúchos de Simões Lopes Neto "O escritor da alma gaúcha".

 desenhando com tampas Fernando Lima desenho Simões Lopes Neto
Lembramos um pouco da historia do tradicionalismo gaúcho, é um movimento da cidade para o campo  e corroborando com o pensamento do ilustríssimo Prefeito da Canoas Sr. Jairo Jorge,  que Canoas é o lugar que o  Rio Grande se encontra, pois aqui encontramos canoense de todos os rincões.
Por isso, não é concebível, não é aceitável e nem tolerável que na feira do livro em Canoas, tenhamos apenas duas bancas com livros de cultura e literatura gaúcha.
Como podemos homenagear o centenário de uma das maiores referências da literatura, da cultura gaúcha e do folclore e não  convida-lo para participar da feira.

POR ESTAS E OUTRAS QUE DEFENDO A CRIAÇÃO DE UMA COORDENADORIA DE TRADIÇÃO E FOLCLORE PARA CUIDAR DESTES ASSUNTOS REFERENTES AO REGIONAL E A CULTURA GAÚCHA.

As bancas que expõem a cultura gaúcha forão a da CORAG (Companhia Riograndense de Artes Gráficas ), uma empresa estatal, e a outra banca foi da Casa do poeta que lançaram os livros como o livro Fronteita e Pampa do escritor Fernando Almeida e o No percurso dos Antigos Caminhos: A história de Canoas.de Demétrio Alves Leite.

 Escritor Fernando Almeida
 Escritor Demétrio Alves Leite

Precisamos de uma feira do livro mais literária, pois caminhando pela feira constatei um percentual de 70% de bancas com livros de auto-ajuda, religiosos e livros didáticos, também percebemos a falta de antigos e tradicionais livreiros da feira como a Calle Corrientes e o Martins Livreiro, por onde andam, ou será que foram espantados  pelo desinteresse local.
“Um dos destaques da 28ª feira do livro de Canoas foi o projeto paralelo que o professor Fernando Lima apresentou ““ Criando com as tampas”, onde o professor desenhava com tampas de garrafa pet, a oficina de confecções  e a criação do clube dos Tompsons, inclusive com desdobramentos, pois nas ofinas, os alunos enviam para o artista a imagem do boneco  com a sua missão, pois todo Tampton tem uma missão para salvar o mundo, quem quiser acompanhar mais este projeto é só acessar o site: www.atelierfernandolima.com.br

 Professor Fernando Lima


NAVEGAR É PRECISO,
PORÉM PRECISAMOS SABER
ONDE FICA O PORTO.

domingo, 24 de junho de 2012

CÉSAR OLIVEIRA - QUEM FOMOS, O QUE SOMOS E QUEM PODEMOS SER


Entrevista de César Oliveira concedida ao blog culturadaquerencia




Quem fomos? 
Sem demagogia e simplificando o argumento, fomos o que continuamos sendo e sempre seremos: gaúchos. Nunca mudamos. Me digam: o que mudou no Rio Grande, no povo do RS? Somos uma pátria dentro do coração de cada rio-grandense e, definitivamente, um estado de braços abertos para acolher quem é carente de cultura própria.

Quem somos?
Um povo privilegiado,  por possuir uma cultura própria e em atividade mesmo com todos os desafios da modernidade. Só por isso já somos, sem dúvida, um povo rico. Muitos países buscam incansavelmente suas origens, nós as vivenciamos no presente, no dia a dia.

 O que poderemos ser? 
Já somos. Dentro do nosso país somos um Estado respeitado, política, social e culturalmente, contudo, muito invejado por sermos o que sempre fomos e cada vez mais devemos ser: “patriotas".
Devemos inflar nosso peito ao dizer qual nossa procedência, usar bombacha, seja ela larga ou estreita, o importante é que seja usada, de bota ou de tênis, pois ela representa um povo, o nosso povo. Sendo o que somos poderemos ter mais expressão ainda, pois através da arte, política, educação, agricultura e pecuária possuímos respeito nacional, porém dentro de nosso estado às vezes falta discernimento para certas pessoas aceitarem os seus. Quem sabe aí, então, seremos o que devemos ser, um exemplo a ser seguido, um povo evoluído que vive a evolução sem renegar suas raízes.