O 9º concurso literário da Fundação Cultural de Canoas ocorreu entre os dias 08 de maio á 02 de setembro de 2008, e contou com mais de 918 trabalhos escritos por autores de 20 estados brasileiros e mais de 05 paises como: México , Japão, Itália, Portugal e São Tomé e Príncipe.
A melhor Poesia de autor canoense foi para Jose Luis Biulchi de Souza com a poesia “Maria e as Canoas”.
A melhor Poesia de autor canoense foi para Jose Luis Biulchi de Souza com a poesia “Maria e as Canoas”.
MARIA E AS CANOAS
Lá vem a Maria Fumaça
Sarandeando o vestido de lata,
Fumegando pelas planícies
Trilhando os caminhos da mata.
Chegou no Capão das Canoas
Cruzou as eras num upa,
Embala os sonhos de criança
Trazendo gente na garupa.
A cinqüenta e três vem espichada
Como parelheiro solto,
Ligando Porto Alegre
À colônia São Leopoldo.
É o Rio Gravataí, o arroio Araçá
Passa o capão do Diogo,
Vá-se embora maquinista
Seu foguista carca fogo.
Embala os Home
Embala as muié
Que passando nas Canoas
A gente toma café.
Seu Vitrok toca o sino
Já gastamo os patacão
Na tenda da estação
Com os pastéis da Carolina,
Nunca vi coisa tão divina!
Demo até logo ao veio Anayá
Que veio veranear
Na chácara da sua família.
Na janela a vida se debruça
Pinta matizes em minha frente
Zeca barbeiro, o cinema do Vicente.
O salão de baile do Schneider vem,
Dona Celina a parteira e a professora também.
Wagner ferreiro, Leopoldo sapateiro,
O Paulo da serraria e o Pedro pedreiro
Tudo vai passando no apito do trem.
Rasgou a fazenda do Gravataí
Depois as terras dos Mathias,
Cruzou a águas do Sapucaia
Chia, caldeira, chia.
Da velha milionária
Chiam saudades tão tuas
Dando adeus pras Canoas
Adeus Maria.
Pelos trilhos da ferrovia.
(Jose Luis Biulchi de Souza)
Lá vem a Maria Fumaça
Sarandeando o vestido de lata,
Fumegando pelas planícies
Trilhando os caminhos da mata.
Chegou no Capão das Canoas
Cruzou as eras num upa,
Embala os sonhos de criança
Trazendo gente na garupa.
A cinqüenta e três vem espichada
Como parelheiro solto,
Ligando Porto Alegre
À colônia São Leopoldo.
É o Rio Gravataí, o arroio Araçá
Passa o capão do Diogo,
Vá-se embora maquinista
Seu foguista carca fogo.
Embala os Home
Embala as muié
Que passando nas Canoas
A gente toma café.
Seu Vitrok toca o sino
Já gastamo os patacão
Na tenda da estação
Com os pastéis da Carolina,
Nunca vi coisa tão divina!
Demo até logo ao veio Anayá
Que veio veranear
Na chácara da sua família.
Na janela a vida se debruça
Pinta matizes em minha frente
Zeca barbeiro, o cinema do Vicente.
O salão de baile do Schneider vem,
Dona Celina a parteira e a professora também.
Wagner ferreiro, Leopoldo sapateiro,
O Paulo da serraria e o Pedro pedreiro
Tudo vai passando no apito do trem.
Rasgou a fazenda do Gravataí
Depois as terras dos Mathias,
Cruzou a águas do Sapucaia
Chia, caldeira, chia.
Da velha milionária
Chiam saudades tão tuas
Dando adeus pras Canoas
Adeus Maria.
Pelos trilhos da ferrovia.
(Jose Luis Biulchi de Souza)
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