domingo, 4 de março de 2012

FÓRUM SOCIAL GAÚCHO 2012 - PARTE 6

Lembramos que a duração deste fórum não está atrelada á duração do Fórum Social Temático, pois como somos regionais, somos uma constante, nesta 6º postagem da série Fórum Social Gaúcho, enfocaremos a crise capitalista e a injustiça social. Na música "Se as estância terminarem" letra de Alex da Silveira e música de Jairo Lambari Fernandes, trata o tema com muita propriedade, pois um dos pólos geradores de emprego e renda do interior do estado são as estâncias e como todo polo investidor, a crise do capitalismo também assola o campo, com seu individamento, queda da bolsa, o corte das exportações de carne (ovina, suína e bovina), o abigiato e a violência no campo. Parafraseando Glênio Fagundes "Se o campo vai mal, a cidade vai mal", afetando diretamente o setor primário. Por isso, afirmo que o campo e a cidade funcionam em cadeia, o primeiro na produtividade e o segundo no consumo e nesta cadeia aparece o ser social, a verdadeira mola mestra produtividade que nos meses de agosto e setembro aparecem em Esteio (..." A convivência freterna e harmoniosa entre o homem do campo e o homem urbano retrata o ser único que é o gaúcho. De um lado o produtor, o tratador de animais, o fábricante, o artesão, o artísta. De outro aqueles que vivem na cidade e que nesta época do ano, se reencontram e redescobrem suas raízes (texto da 34º expointer)...") este ser mitológico, para muitos não existem mais. Só que na estância, encontraremos a resistência da autêntica cultura gaúcha, pois os modelos que vimos nos CTGs amostras grátis que já estão vencidas, por isto se as estâncias terminarem tratadores, peões,  agregados, capatazes, domadores, alambradores, cosinheiras, tropeiros, ferreiros, tosadores, guasqueiros, costureiras e por último chagueadores e mais uma quantidade de trabalhadores ocuparão cidades e vilas e o fantasma do êxodo do campo voltará a assolar.
Mas para aqueles que imaginam  que a crise do campo não nos atinge e que não fazemos parte desta cadeia, deixo com vocês Bertoldo Brecht.

                                    O Analfabeto Político
 
O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
Bertoldo Brecht


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