58ª FEIRA DO LIVRO DE PORTO ALEGRE
Visitando a 58ª Feira
do Livro de Porto Alegre, mas com olhos críticos, constatei que fora a
diferença em proporção, há uma diferença de concepção entre as feiras do livro
de Canoas e Porto Alegre.
Porto Alegre se
notabiliza por ser “A capital de todos os gaúchos” e se orgulha por este título,
por sua vez “Canoas é a Querência dos gaúchos
de todos os rincões”, e não tem o maior interesse neste quesito. E também não
tem interesse na literatura regional,e não há fomento para este estilo literário.
Enquanto Porto Alegre inova levando patronos como Paixão Cortes, Luis Coronel para sua feira.
Canoas?
Enfim, a Feira do Livro
de Porto Alegre se justifica por ela própria em suas cinqüenta e oito edições. Tive o prazer de andar por todos os corredores e estandes e encontrei mais de
vinte estandes das mais conceituadas editoras e livrarias expondo a literatura
regional, em contra ponto fiz o mesmo levantamento na 28º Feira do Livro de Canoas, onde encontrei
apenas duas bancas expondo livros de literatura regional, uma era a da Corag (Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas), e da Casa do Poeta de
Canoas, pouco talvez?
Encontramos
em Porto Alegre
o IGTF (Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore), num galpão rústico,
estreitando os laços entre o Folclore e o Erudito e também firmando e
demarcando o regionalismo na feira do livro de Porto Alegre.
Talves seja ai o ponto mais elucidativo da 58º
Feira do Livro de Porto Alegre, quando o Banrisul declara em letras garrafais: “A
gente adora ler os gaúchos” (ver foto), isto me remete muito a fazer uma reflexão
na obra do escritor Ciro Dutra Martins, autor da trilogia do gaúcho a pé:
“Quero
salientar que nunca quis contribuir com a ampliação da mentira do monarca das
coxilhas, nunca tratei o gaúcho como personagem em estilo ufanista. Pelo
contrario, procurei ser realista para poder ser útil de alguma maneira”.
(Ciro Dutra Martins)
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