sexta-feira, 20 de junho de 2008

NÃO DEIXEM MORRER MEU RIO


RIO GRAVATAÍ

Meu rio Gravataí
Teus peixes, tuas águas,
Tua vida, tua alma
Arrancaram de ti.

Hoje o lixo e o óleo
Que tingem o teu leito
Apertam o meu peito
Afogando-me em ti

Cardumes de latas,
Plásticos e madeira
Aguapés de sujeiras
Que a correnteza arrastou.

As dragas te calam,
Os barcos te sangram
E o povo que te ama
Te mata sem razão.

Meus olhos formam rio
De lágrimas tristes
De um rio que insiste
Num lamento sem fim.

Salvem este rio,
A vida agradece
A quem não esquece
de quem o feriu.

Rio que mata a sede
É o mesmo
Que é morto por sede
De quem a sede matou.
(Jose Luis Biulchi de Souza)


Um comentário:

  1. "Tudo é constantemente modificado em nome do ‘progresso”.
    As memórias do passado e a diversidade criada pela natureza são destruídas a cada dia.
    Não se respeita nem a História
    (as tradições e obras das gerações anteriores)
    nem a Natureza
    (os ecossistema em diversidade).
    Para que as futuras gerações tenham uma idéia da riqueza do que foi produzido no planeta,
    para que sobrevivam amostras de todos os valores produzidos
    pela Natureza ou pela História,
    é necessário definir esses patrimônios,
    que são áreas consideras intocadas,
    protegidas,
    resguardadas
    contra a ambição...”
    de Palmiro Sartorelli Neto


    PROJETO ARROIO ARAÇÁ: NOSSO RIO GURI

    Prof. Inês

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