quinta-feira, 21 de abril de 2011

DIA DO ÍNDIO - 19 DE ABRIL - HOMENAGEM À ALDEIA DOS ANJOS




VAMOS FALAR SOBRE O DIA DO ÍNDIO DE UMA FORMA  HISTÓRICA,  MAS MUITO PRÓXIMA DA ATUALIDADE.



Grande anjo, Caribe, Caribebe-Guaçu, pindobuçu, Potiguara ou Ara Abaeté. Assim era conhecido entre os padres jesuítas, a serviço da coroa de Portugal, o Cacique indígena da tribo dos Carijós que habitavam o Século XVIII as terras onde hoje está a cidade de Gravataí, chamada então de Caibe. Forte e poderoso, o cacique alardeava que embora gerado por uma mulher, era mesmo filho de um anjo.
Contam as lendas que os netos dele vinham ao mundo com dentes, e falando. Nascida às margens de um rio, o nome da cidade tem origem numa espécie de bromélia conhecida como Gravatá. Em Tupi-guarani, Gravatahy que significa Rio (Y) dos Gravatás.



A HISTÓRIA DE GRAVATAÍ
A História de Gravataí começa oficialmente em abril de 1763, com a fundação da Aldeia de Nossa Senhora dos Anjos, no entanto, o contexto de sua introdução na História do Rio Grande do Sul é um pouco anterior a esta data e não podemos ignorá-lo.
Como a Coroa Portuguesa estava expandindo seus domínios ao sul do continente americano, costumava povoá-lo concedendo cartas de sesmarias a quem já habitava estas terras. Foi o caso de Pedro Gonçalves Sandoval, natural de Lima, no Peru, que recebeu a primeira sesmaria, pois já habitava o chamado rincão de Gravataí, nos campos de Viamão. Ainda na mesma época, o capitão João Lourenço Veloso também recebia autorização de posse das terras que habitava no mesmo rincão, mais a nordeste, próximo ao morro ltacolomi. Parte destas terras seria comprada pela coroa portuguesa para assentamento da então Aldeia dos Anjos. Era o primeiro arranchamento da aldeia, transferido posteriormente para as atuais terras centrais de Gravataí. A fundação da Aldeia dos Anjos está inserida no ambiente de disputa ibérica pela posse do território ao sul da América.
Portugal e Espanha, desde tempos pré-coloniais, abancavam um no território de outro. Chegavam assim, ao Tratado de Madrid, de 1750, estipulando que Portugal devolveria a Colônia de Sacramento, fundada em território espanhol em troca dos Sete Povos das Missões, mais a nordeste. Para ocupar a região trocada, os portugueses trariam colonos do arquipélago dos Açores, conjunto de nove ilhas no meio do Oceano Atlântico, que estava superpovoado. O Tratado não se efetivou, pois os índios que habitavam os Sete Povos negavam-se a sair de suas terras, resultando então a Guerra Guaranítica.
Em conseqüência desse conflito, milhares de guaranis fugiram para o território português, concentrando-se nas imediações do Rio Pardo, atual Santa Maria.
Deste contingente de refugiados, cerca de mil índios guaranis foram trazidos pelo Capitão Antônio Pinto Carneiro para as proximidades do Rio Gravataí, em 1762, iniciando o povoamento da emergente Aldeia dos Anjos. Assim, a Aldeia já existia de fato antes de sua fundação oficial.
Coma confusão gerada na região missioneira, os colonos açorianos foram ocupando outras áreas Vale do Rio Jacuí, litoral norte e o Vale do Rio Gravataí.
As primeiras concessões de terras em território gravataiense por açorianos, datam de 1772. A Aldeia dos Anjos teria seu período de apogeu a partir de 1772 com a chegada de José Marcelino de Figueiredo, Governador da Província de São Pedro e que urbanizou o aldeamento, construindo escolas, olarias e moinhos. Em 1795, foi desmembrada da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Viamão e, em 1806, elevada à categoria de Freguesia, ou seja, distrito de Porto Alegre.
Outra data significativa para os destinos da antiga Aldeia dos Anjos foi 1880, pela Lei de 11 de junho, emancipando-se de Porto Alegre, ganhando a condição de Vila e passando a chamar-se, Vila de Nossa Senhora dos Anjos de Gravataí.






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