sexta-feira, 9 de setembro de 2011

LENDAS GAÚCHAS DE MEU TEMPO - VILSON SOUZA


Vilson Souza

O ginete do século

Vilson Souza, natural de Uruguaiana, teve uma infância preparando cavalos para carreiras e gauchadas na Fronteira, e do seu casamento com Carmem Maestro Pablo Souza nasceram os filhos Paulo Caetano e Amélia Maestro Pablo Souza. O ginete que mais brilhou na história das competições do cavalo Crioulo, e que hoje é nome de troféu do Freio de Ouro, segue encilhando pingos e poesias do Jayme Caetano Braun. Recuperando-se de um AVC, ele que foi cinco vezes campeão do Freio de Ouro, continua a cuidar seus cavalos, lá em Bagé, e desfrutando da simpatia dos amigos conquistados em mais de duas décadas de gauchismo no lombo dos cavalos. Pelo seu conhecimento passaram desde as primeiras éguas de sua doma, Amarela e Preciosa do Cinco Salso, até os campeões Itaí e Nobre Tupambaé, Itaipú de San Martin e La Frontera Tormento. Muitos foram os campeiros legendários que conviveram com esse artista da literatura eqüestre; o grande mestre e quem lhe deu a oportunidade de trabalhar com cavalos, Dirceu Dornelles Pons, e Walter Moura, amigo de carreiradas e bailes nos rincões da Fronteira. Cacho Rivero e Seu Monteiro foram outros que bateram estribo com nosso ginete. Vilson Souza sempre foi gaúcho de toda lida, encilhava de queixo atado, se expressou e foi reconhecido como carreirista, crioulista, declamador e gaiteiro. Jayme Caetano Braun lhe homenageou em poemas xucros, exaltando suas proezas com a marca dos Pons. Estivemos mateando e lhe escutando numa pajada lá na Parada Pons, e ali assistimos uma aula de campeirismo e dignidade gaúcha. Conhecer Dom Vilson Souza é ler um pouco da história da Origem Crioula do Rio Grande do Sul.

O DOMADOR QUE ARROCINA
SIMBOLIZA VILSON SOUZA
ALGUÉM QUE ENTENDE DA COUSA
DESSE PARCEIRO DE CRINA
MANHAS QUE A VIVÊNCIA ENSINA
NO LANÇANTE OU NO ATROPELO
LAVA O LOMBO COM BOCHECHO
E FAZ COM QUE DANCE UM TANGO
O PALA NO LUGAR DO MANGO
E UM FIO DE SEDA NO QUEIXO
O VENTO, NO SANTA FÉ
UM FLETE COMENDO MILHO
ME LEMBRA UM PINGO ROSILHO
,ITAÍ TUPAMBAÉ
Versos de Jayme Caetano Braun

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