Pedindo permisso para os companheiros
da Associação Cultural Entre Rios e para o parceiro Diego Müller estou postando
o texto que copiei do facebook do Maurão, peço que leiam a riqueza deste texto
escrito pelo Diego.
Boa leitura e tirem proveito de alguma forma dele. Gracias!
Boa leitura e tirem proveito de alguma forma dele. Gracias!
Diego Müller:
Há dois tipos de "gaúchos", podemos se dizer assim (incluindo essas
tipologias a professores, militantes, poetas, músicos, cantores, e todos os
ramos de defensores da nossa cultura que possa se ter): os
"saudosistas" e os que "vivem o fato".
* Os "saudosistas" sentem falta de um tempo: são
sonhadores, valorizam o passado, o vivido, o que poderia ainda estar vivo,
vivem longe, possuem gestos e cantos dolentes e calmos, retratando tempos
passados (muitos não vividos), as vezes até negando temas e fatos do nosso
cotidiano, militando a favor de uma "cultura", que possivelmente já
morreu ou se vê em extinção. Muitas vezes deixam de contar coisas que existem
para selecionar o que as gerações futuram devam ouvir ou defender. Defendem o
uso de determinada coisa ou indumentária, para que essa imagem seja espelho
para outras pessoas. Fazem ensinamentos para a mente, exclusivamente, com
muitas tipologias tristes e focadas na nostalgia, na dor, na esperança de rever
ou manter algo... resumo: sentem falta!
* Os que "vivem o fato" (nomeei assim) estão no
tempo: assim, não precisam de apego exagerado, valorizam o que há, o presente,
vivem o agora, possuem gestos e cantos com ânimos e "para frente",
retratando cenas que hoje existem e se perpetuam ou nascem em seus lugares e em
frente às suas visões. Não entendem que nossa terra e nosso lugar morreu ou
está morrendo, sabendo ver as mudanças que todo lugar possui, entendendo que
nosso ser nasceu dessas determinadas mudanças que são maiores que nós, e nascem
pois nosso lugar e nossa terra quer assim. Contam, escutam e entendem cantos e
contos que também são para o corpo e para a diversão. Usam e defendem o uso
normalmente de peças do uso atual, sabendo que isso não interfere no que nosso
povo é ou deixa de ser. Não se consideram tristes e não costumam
"chorar" por passado... resumo: são!
(Essa análise é totalmente espontânea, retratada agora, e esta
totalmente a disposição do tempo para ser amadurecida, modificada e melhorada,
dentro do aprendizado que tenho com meus amigos e minhas circunstancias, todas!
Não é regra... e, sendo espontânea, pode ser repensada! ...mas...)
...Para tanto, uso ela para enfocar e parabenizar a Associação
Cultural Entre Rios, de Nova Santa Rita, na pessoa do Maurão Augusto Cenci
(cerne motivacional de tudo), junto, ainda, de todos que lutam por ela e por
essa cidade (tão rural, ainda, graças a Deus), por mais uma vez SER e continuar
SENDO referencia CULTURAL dentro de nossa região, sustentando o que se É,
mostrando que somente não morreremos se continuarmos sendo gaúcho (e não
dizendo o que se deve ser o gaúcho)... Somos mais que saudosistas: vivemos o
que é nosso! Parabéns de novo!
Por fim, parabéns ao Rogério Villagran... por contar um pouco
mais de sua vida, em forma de música e guitarreada (de maneira simples, gaúcha
e humilde) a todos que nem sempre podem conhecer o que há por detrás de cada
tema e de cada melodia que sua alma produz... em determinados momentos muitos
se emocionaram ao escutar cenas que refletem nossa gente e nosso lugar de
maneira tão verdadeira e honesta... gracias!
Somando os parabéns, os estendo a Moisés Pacini, Fabio Nunes,
Filipe Calvete Corso, Eduardo Oliveira, Renan Rossato, Diego Paz, Cristiano
Bagatini, Tio Gildo, Guimi Costa, Cristiano Machado e tantos amigos mais... que
respeitam e querem o bem da nossa cultura e do homem rural da nossa região, sem
vaidade!
Salve Nova Santa Rita (Entre Rios), lugar onde um pouco de mim
nasceu, nas margens do Rio dos Sinos, ali onde a barca encostava
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