quinta-feira, 3 de julho de 2014

ASSOCIAÇÃO CULTURAL ENTRE RIOS E DIEGO MÜLLER



Pedindo permisso para os companheiros da Associação Cultural Entre Rios e para o parceiro Diego Müller estou postando o texto que copiei do facebook do Maurão, peço que leiam a riqueza deste texto escrito pelo Diego.
Boa leitura e tirem proveito de alguma forma dele. Gracias! 


Diego Müller:


Há dois tipos de "gaúchos", podemos se dizer assim (incluindo essas tipologias a professores, militantes, poetas, músicos, cantores, e todos os ramos de defensores da nossa cultura que possa se ter): os "saudosistas" e os que "vivem o fato".
* Os "saudosistas" sentem falta de um tempo: são sonhadores, valorizam o passado, o vivido, o que poderia ainda estar vivo, vivem longe, possuem gestos e cantos dolentes e calmos, retratando tempos passados (muitos não vividos), as vezes até negando temas e fatos do nosso cotidiano, militando a favor de uma "cultura", que possivelmente já morreu ou se vê em extinção. Muitas vezes deixam de contar coisas que existem para selecionar o que as gerações futuram devam ouvir ou defender. Defendem o uso de determinada coisa ou indumentária, para que essa imagem seja espelho para outras pessoas. Fazem ensinamentos para a mente, exclusivamente, com muitas tipologias tristes e focadas na nostalgia, na dor, na esperança de rever ou manter algo... resumo: sentem falta!
* Os que "vivem o fato" (nomeei assim) estão no tempo: assim, não precisam de apego exagerado, valorizam o que há, o presente, vivem o agora, possuem gestos e cantos com ânimos e "para frente", retratando cenas que hoje existem e se perpetuam ou nascem em seus lugares e em frente às suas visões. Não entendem que nossa terra e nosso lugar morreu ou está morrendo, sabendo ver as mudanças que todo lugar possui, entendendo que nosso ser nasceu dessas determinadas mudanças que são maiores que nós, e nascem pois nosso lugar e nossa terra quer assim. Contam, escutam e entendem cantos e contos que também são para o corpo e para a diversão. Usam e defendem o uso normalmente de peças do uso atual, sabendo que isso não interfere no que nosso povo é ou deixa de ser. Não se consideram tristes e não costumam "chorar" por passado... resumo: são!
(Essa análise é totalmente espontânea, retratada agora, e esta totalmente a disposição do tempo para ser amadurecida, modificada e melhorada, dentro do aprendizado que tenho com meus amigos e minhas circunstancias, todas! Não é regra... e, sendo espontânea, pode ser repensada! ...mas...)
...Para tanto, uso ela para enfocar e parabenizar a Associação Cultural Entre Rios, de Nova Santa Rita, na pessoa do Maurão Augusto Cenci (cerne motivacional de tudo), junto, ainda, de todos que lutam por ela e por essa cidade (tão rural, ainda, graças a Deus), por mais uma vez SER e continuar SENDO referencia CULTURAL dentro de nossa região, sustentando o que se É, mostrando que somente não morreremos se continuarmos sendo gaúcho (e não dizendo o que se deve ser o gaúcho)... Somos mais que saudosistas: vivemos o que é nosso! Parabéns de novo!
Por fim, parabéns ao Rogério Villagran... por contar um pouco mais de sua vida, em forma de música e guitarreada (de maneira simples, gaúcha e humilde) a todos que nem sempre podem conhecer o que há por detrás de cada tema e de cada melodia que sua alma produz... em determinados momentos muitos se emocionaram ao escutar cenas que refletem nossa gente e nosso lugar de maneira tão verdadeira e honesta... gracias!
Somando os parabéns, os estendo a Moisés Pacini, Fabio Nunes, Filipe Calvete Corso, Eduardo Oliveira, Renan Rossato, Diego Paz, Cristiano Bagatini, Tio Gildo, Guimi Costa, Cristiano Machado e tantos amigos mais... que respeitam e querem o bem da nossa cultura e do homem rural da nossa região, sem vaidade!
Salve Nova Santa Rita (Entre Rios), lugar onde um pouco de mim nasceu, nas margens do Rio dos Sinos, ali onde a barca encostava


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