O Rio Gravataí, sempre foi o foco de artístas canoenses. Citamos obras de dois deles, Voldinei Burkert Lucas com a gravura Rio Gravataí e o poeta, músico e ambientalista Clóvis Aírton Braga com os poemas Gravataí e o poema músicado e gravado no cd do festival Laçador do Canto Nativo em sua primeira edição (Porto Alegre) Rio das Canoas, editado no clipe a seguir pela editora Minha Querência, a cultura regional se faz presente em todos os ambitos da sociedade gaúcha esta é a forma do gaúcho se manifestar é a forma de honrar a Minha Querência.
CARDUMES DE LATAS,
PLÁSTICOS E MADEIRAS
AGUPÉS DE SUJEIRA
QUE A CORRENTEZA ARRASTOU
(José Luis Biulchi de Souza)
(A imagem do rio Gravataí (Rio dos Gravatás) é no mesmo lugar onde foi registrada pelo lápis de Voldinei Lucas na década de 90)
GRAVATAÍ
Gravataí, rio dos sonhos de guri,
Onde pescava um lambari, com anzol de alfinete...
Gravataí, rio do piá menino,
Meu velho rio teatino, potro xucro sem ginete!
Gravataí, em tuas barrancas eu nasci,
Em tuas águas eu cresci, navegando em teu leito...
Gravataí tua sede saciaste,
Minha fome tu mataste, neste teu canal estreito!
Gravataí, antes puro e cheiroso,
Já foste um rio garboso, mas hoje é só farrapo...
Gravataí, antes de águas cristalinas, te fizeram de latrina...
Pobre "boneca de trapo"!
Gravataí, foste o rio da minha vida,
Hoje, esperança perdida, és um rio que já passou...
Gravataí, teu remédio se eterniza... És um rio que agoniza...
Pois, "o homem te matou"!
Gravataí, minha vida eu vou te dar,
Pois temos que te salvar, para a nova geração...
Gravataí te desperta... Este é um grito de alerta...
Vamos buscar salvação!
Clóvis Aírton Braga
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