domingo, 31 de julho de 2011

SESMARIA 16º QUADRA - OSÓRIO TE ESPERA


SESMARIA DA POESIA GAÚCHA

16º QUADRA

SETEMBRO 2011

OSÓRIO TE ESPERA

HOMENAGEM

PATROCÍNIO VAZ ÁVILA


O campo aberto de uma folha em branco
É terra entregue à inspiração inquieta...
É sesmaria onde se planta a alma
Quando o sesmeiro teima em ser poeta!

Quando o sesmeiro teima em ser poeta,
Da sesmaria que ele mesmo tece,
O infinito vem tocar-lha a face
E o horizonte se debruça em prece...

Não há limite que aprisione a alma...
Não há distância que não cruze ao tranco...
Quando o sesmeiro teima em ser poeta:
Na sesmaria de uma folha em branco!

NA SESMARIA DE UMA FOLHA EM BRANCO
Matheus Neves da Fontoura
SESMARIA DA POESIA GAÚCHA
15º QUADRA



29º Rodeio de Vacaria

O Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria acontece de 2 em 2 anos, nos anos pares, sempre no final do mês de janeiro e início de fevereiro. De 28 de janeiro até o dia 5 de fevereiro de 2012 Vacaria te espera para a Maior Festa Tradicionalista Gaúcha.

sábado, 30 de julho de 2011

GRACIAS MARENCO!


  A música é um componente variável na alma dos povos. Reflete o espírito coletivo, seus dramas, suas conquistas, seus traços característicos de modelo social e psicológico. Sendo ainda, matéria - prima, componente e tempero que dá gosto, vida e substância às ditas ciências, tais como: História, sociologia, enfim, a tantas outras.
    Entretanto, para nós, gaúchos campeiros - espécie em evidente extinção, com o perdão do lugar comum - para nós, música é a própria fisionomia da terra. É Alma, é coração, é sangue plasmado numa vibração interior e uniforme, abrindo rotas, apontando diretrizes, atraindo e repelindo sinais perdidos do núcleo central da espiritualidade.
    LUIZ MARENCO compreende e é exemplo desta filosofia terrunha, do legítimo canto do povo gaúcho. Desde seu primeiro trabalho, preocupou - se em seu cantar, em exaltar o homem, os costumes, os hábitos, o trabalho, enfim, a legítima cultura de nosso povo.    
  (José João Sampaio da Silva – Poeta e Escritor)

Fontes:
Site www.luismarenco.com.br
Imagem Ireno Jardim 
 

quinta-feira, 28 de julho de 2011

FESTIVAL NACIONAL DE MALAMBO - CÓRDOBA - ARGENTINA












OS CHIMANGOS 30 ANOS DA DANÇAS. GRACIAS!


Em 23 de outubro de 1977, oito jovens estudantes fundam, em Caçapava do Sul, o Grupo de Arte Nativa "Os Chimangos".

Na época, já revelavam a preocupação em resgatar a verdadeira arte folclórica latino-americana através da dança, integrada à literatura e aos elementos culturais dos povos da América do Sul.

Surge, então, o nome do grupo, numa clara evocação à obra-mestra e livro-poema de Amaro Juvenal - "Antônio Chimango".

Como a própria história, ciência e arte em movimento, "Os Chimangos" são inquietos. E buscam, no "gavião campeiro da planície americana, ave nativa que irmana" e lhes dá o nome, vôos maiores de união e paz.

A trajetória do grupo nesses 30 anos é rica em espetáculos no Rio Grande do Sul, no Brasil e no exterior. Fiéis às raízes gauchescas e latino-americanas, "Os Chimangos" destacam-se pela qualidade e beleza de seus shows, cuja montagem é precedida de um árduo trabalho de pesquisa. As coreografias das danças, os cenários e figurinos envolvem os seus integrantes e familiares com muita seriedade e dedicação. E sob as luzes dos palcos, eles brilham fortalecidos, revelando maestria e perfeição.

Academia de Danças Folclóricas

Fundada em 1987, a Academia de Danças Folclóricas dos Chimangos não é só uma escola de formação de bailarinos. Ali, crianças e adolescentes aprendem arte e tradição, fortalecem valores de responsabilidade, dedicação, respeito e amor à família.

Já passaram pela escola, mais de 500 alunos, e muitos deles integram, hoje, o grupo principal dos Chimangos.

Estimulados pela dança e estudo dos costumes da cultura gaúcha e latino-americana, determinados a conquistar posição no grupo que viaja pelo mundo, buscam conhecimento também nos idiomas inglês, francês ou espanhol, para que o intercâmbio se realize de maneira completa.

No trato com a arte e a tradição, aliadas à disciplina e persistência diárias, estes jovens vêem recompensado o esforço de tantos anos, e voam alto como o gavião campeiro de seu nome

Presidente do grupo:
Rita Helena Teixeira Albarnaz.
Direção Artística:
Luiz Delfino Teixeira Albarnaz;
  Giselda Albarnaz


"O Grupo de Arte Nativa Os Chimangos possui nas veias a arte, o ritmo da dança, a poesia e o culto às mais nobres tradições gaúchas."

segunda-feira, 25 de julho de 2011

SABE O QUE É QUERÊNCIA?


SABE O QUE É QUERÊNCIA?

Temos na paisagem do pampa riograndenseum passáro chamado quero-quero, que é considerado o "Sentinela do Pampa".

O quero-quero diferentemente de outras aves faz o seu ninho no chão, vivendo a maior parte do tempo em contato com a terra e apegado as lugar onde vive. A este lugar que costumam ficar, no linguajar gaúcho chamamos de "Querência"

A Querência é um lugar que tem uma vontade, um querer originário...
Mas não é um querer isolado e separado do querer humano, dos animais e das plantas que ali vivem. O querer da Querência requer de tudo o que ali vive o que pertence ao lugar inclusive a paisagem.

Ser apegado a um determinado lugar é ser a querênciado. O processo de se apegar ao lugar se expressa no verbo "Aquerênciar".
Ser aquerênciado significada também estar de bem com a vida, estar na posse da plenitude do sentido da vida.

Na sabedoria campesina do sul do Brasil, da Argentina e do Uruguai, do gaúcho a felicidade é o próprio sentido de pertencer a um lugar.

A Querência é a intimidade com a natureza e com as coisas do local em que se vive. É ser parte das histórias das pessoas, dos animais e das plantas do lugar.

É ter a própria identidade pessoal, a própria história individual, inseparável de toda a teia destas histórias.

É estar em casa no mundo.

Por outro lado a pessoa que é infeliz, que não encontrou o seu lugar no mundo, que está de mal com a vida é "desaquerênciada".

A pessoa desaquerênciada não tem paradeiro fixo, vive inquieta, sempre á procura de um outro lugar, insatisfeita, angustiada, no estado de carência, de falta.

Na perspectiva da sabedoria gaúcha, o problema ecológico que vivemos as catástrofes naturais é a humanidade estar dasaquerênciada na Mãe Terra, da Pachamama, de Gaia a suprema morada do homem.

É PRECISO AQUERÊNCIAR
A HUMANIDADE NA TERRA!


sábado, 23 de julho de 2011

BAILE DA MOTO - GAG PIAZITOS DO SUL

RIO GRAVATAÍ, O RIO DA MINHA QUERÊNCIA

O Rio Gravataí, sempre foi o foco de artístas canoenses. Citamos obras de dois deles, Voldinei Burkert Lucas com a gravura Rio Gravataí e o poeta, músico e ambientalista Clóvis Aírton Braga com os poemas Gravataí e o poema músicado e gravado no cd do festival Laçador do Canto Nativo em sua primeira edição (Porto Alegre) Rio das Canoas, editado no clipe a seguir pela editora Minha Querência, a cultura regional se faz presente em todos os ambitos da sociedade gaúcha esta é a forma do gaúcho se manifestar é a forma de honrar a Minha Querência.

CARDUMES DE LATAS,
PLÁSTICOS E MADEIRAS
AGUPÉS DE SUJEIRA
QUE A CORRENTEZA ARRASTOU
            (José Luis Biulchi de Souza)         

(A imagem do rio Gravataí (Rio dos Gravatás) é no mesmo lugar onde foi registrada pelo lápis de Voldinei Lucas na década de 90)
GRAVATAÍ

Gravataí, rio dos sonhos de guri,
Onde pescava um lambari, com anzol de alfinete...
Gravataí, rio do piá menino,
Meu velho rio teatino, potro xucro sem ginete!

Gravataí, em tuas barrancas eu nasci,
Em tuas águas eu cresci, navegando em teu leito...
Gravataí tua sede saciaste,
Minha fome tu mataste, neste teu canal estreito!

Gravataí, antes puro e cheiroso,
Já foste um rio garboso, mas hoje é só farrapo...
Gravataí, antes de águas cristalinas, te fizeram de latrina...
Pobre "boneca de trapo"!

Gravataí, foste o rio da minha vida,
Hoje, esperança perdida, és um rio que já passou...
Gravataí, teu remédio se eterniza... És um rio que agoniza...
Pois, "o homem te matou"!

Gravataí, minha vida eu vou te dar,
Pois temos que te salvar, para a nova geração...
Gravataí te desperta... Este é um grito de alerta...
Vamos buscar salvação!

Clóvis Aírton Braga


sexta-feira, 22 de julho de 2011

MINHA QUERÊNCIA PELA PAZ NO MUNDO

Oslo - A Noruega sofreu ontem o maior atentado terrorista da sua história. Pelo menos 87 pessoas morreram em um ataque com carro-bomba no complexo governamental de Oslo — onde fica o chefe de estado do país — e em tiroteio em um acampamento juvenil próximo à capital. Um norueguês que seria o atirador do acampamento foi preso, e a polícia trabalha com a hipótese de que os ataques estejam relacionados a grupos de extrema direita locais.
A explosão no complexo governamental na pacata cidade de Oslo, onde são entregues os prêmios Nobel, aconteceu à tarde. Os 17 andares do prédio  onde trabalha o primeiro-ministro Jens Stoltenberg foram danificados, mas nenhum membro do governo se feriu. Entretanto, sete pessoas morreram no local e 15 ficaram feridas. Após a explosão, houve cenas de pânico pelas ruas da região, com pessoas correndo ensanguentadas. O brasileiro Leonardo Doria, que trabalha perto do local do atentado, disse que nunca viu uma explosão tão grande e que o prédio onde estava tremeu. “Havia muita gente atordoada na rua, chorando e falando ao telefone”.

terça-feira, 19 de julho de 2011

O LAÇO



NA PONTA DO MEU LAÇO
TRAGO A IMAGEM DO RIO GRANDE
TININDO A ARGOLA DE AÇO
NUMA ARMADA GRANDE




SOU LAÇADOR DESDE PIAZITO
ME CRIEI NA VACA PARADA
HOJE NO LOMBO DO POTRO
OS DOZE BRAÇAS DA ARMADA





TU É CHUCRO E ALÇADO
CRIOULO E MARCHARRÃO
MAS LAÇO NO MEU PAGO É OURO
E CAMPEIRO É TRADIÇÃO


CRIOULO BT

sábado, 16 de julho de 2011

HOMENAGEM AOS 33 ANOS DOS MUURIPÁS


A Lenda dos Muuripás

Foi minha Vó Caati que me contou um pouco antes de morrer. Que Deus a tenha!
Filha de cacique, orgulhosa de sua raça como ninguém. E se não tivesse morrido naquele inverno, teria completado 112 anos, marcados na tarca.
- Naqueles tempos, a grande tribo Guarani dominava todas essas terrs do Jacuí até as barrancas do Uruguai. Eram léguas e léguas de mata cerrada, que nem a vista do pajé conseguia enxergar o fim. Seus guerreiros eram os mais valentes, os mais astutos... os melhores no arremesso da lança, os mais rápidos no manejo do arco e da boleadeira. Nas caçadas ninguém vencia um muuripá.
É claro que tu não sabes quem eram os muuripás! Também, faz tanto tempo...
Eles eram guerreiros escolhidos, que na língua do branco quer dizer venturoso, os que têm sorte.
Para chegar a muuripá, o guerreiro deveria cumprir provas de astúcia e valentia ao longo dos sete caminhos da morte, que ofereciam peripécias na mata virgem, na correnteza dos rios, na caverna dos espíritos e até mesmo no campo aberto.
O retorno vitorioso deveria acontecer ao término da sétima lua. Se assim não ocorresse, estaria frustrado o desejo e a honra do jovem índio de se tornar um muuripá.
Vencidas todas as provas, ele era conduzido e aclamado pelos caminhos que levavam aos acampamentos da grande tribo. Lá recebia a boleadeira de pedra, símbolo da astúcia e da valentia. Depois, em grande cerimônia, era marcado na fronte do guerreiro - com fogo e erva sagrada - o emblema da lua nova, para que fosse o seu enigma de ventura e boa sorte, tanto na paz como na guerra. Cumprida a cerimônia, o novo muuripá passaria a integrar a elite guerreira da sua tribo, recebendo como prêmio sete virgens, que, por sete dias o divertiriam e lhe dariam prazer.
(Recolhida em São Nicolau)
Conta-se que Sepé Tiaraju teria sido o último dos "muuripás" e, como os outros, também receber seu prêmio.


Do Grupo 

Os Muuripás, conjunto de cultura nativa, foi fundado a 22 de agosto de 1971, para estudar, pesquisar e desenvolver artisticamente - em forma de recitais, palestras e espetáculos - os motivos tradicionais e folclóricos da terra e do homem gaúcho, é hoje o mais aplaudido elenco de projeção folclórica do Sul.
São quarenta artistas do melhor nível reunidos em dois grupos de trabalho. O Grupo Arte-Pampa com os mais experientes músicos, cantores, bailarinas e sapateadores da querência; O Grupo Arte-Nova com seu elenco jovem - cor, técnica e perfeito trabalho de equipe.
Em 15 anos, Os Muuripás levou seu trabalho a todos os cantos do Rio Grande; atuou nas principais capitais brasileiras; andou por Montevideo, Buenos Aires, Assunção do Paraguai e Cordilheira dos Andes.
O nome do conjunto é uma homenagem ao ancestralismo indígena do gaúcho, extraído do vocábulo guarani e que significa "venturoso, usado par exaltar a boa sorte e valentia dos guerreiros".



Como tudo começou

Tudo começou na Faculdade dos Meios de Comunicação da PUC, quanto o então aluno José Machado Leal apresentou o trabalho "Folclore é coisa de arte ou coisa para grosso?", que veio mais tarde a ser publicado pelo Jornal da Famecos.
Leal criava seu próprio grupo dentro do que se propunha no trabalho de aula e já em fevereiro de 1972 "Os Muuripás" conquistava seu seu primeiro troféu como "Campeão Artístico do IX Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria".
Começavam aí os trabalhos práticos do conjunto, pois até então tinham sido realizadas pesquisas e estudos sobre o movimento folclórico que se esboçava no Rio Grande do Sul, a partir de 1948, com a criação do 35 CTG e o trabalho da equipe de alunos do Colégio Júlio de Castilhos, liderada por Paixão Côrtes.
(Fonte site Página do Gaúcho)








quinta-feira, 14 de julho de 2011

UM POVO DE PERSONALIDADE FORTE, DE LUTA E OPINIÃO PRÓPRIA.

NÃO PODEMOS SE ENTREGAR PROS HOME
DE GEITO NENHUM AMIGO E COMPANHEIRO
NÃO TÁ MORTO QUEM LUTA, QUEM PELEIA
POIS LUTAR É A MARCA DO CAMPEIRO

Notadamente o povo gaúcho sempre foi visto pelo Brasil como um povo de personalidade forte, de lutar por suas conquistas e de opinião própria.
Então porque o povo gaúcho perdeu tanto o contato com estas caracteristicas tão próprias? Porque as entidades de classe, as entidades sociais e até mesmo o poder público se distânciaram da cultura regional, não posso acreditar que seja pela globalização, pois a globalização não é burra, em  todos os povos desenvolvidos sempre foi a cultura popular que formaram  a base cultural destas nações, a não ser dos paises ou  estados  que não possuem uma cultura própria e precisam importar culturas para tapar esta lacuna.
Talvez seja por isso que os movimentos de classe se esvaziam, porque o povo busca sua identidade e encontram modelos prontos, geralmente de outros estados brasileiros, não falam necessariamente a linguagem do povo.