ARTE OU TRADIÇÃO?
Até
onde, em nome da tradição podemos criticar um trabalho profissional de um dos
maiores nomes da cultura gaúcha?
Usamos
o exemplo de Joca Martins (que seu trabalho não é ligado oficialmente ao MTG),
que num clipe, editado pela RBS TV, na cidade de Santana do Livramento onde uma
música, que á tempos fora lançada dentro
da página nativista do Rio Grande do Sul e já há muito tacada pelas rádios, se
torna alvo de polêmica por tradicionalistas vinculados ao MTG, reclamando de
termos usados na música.
Lembramos
para quem viu e para quem não conhece que veja agora. Que desde o cenário, todo
gravado em Santana do Livramento, os instrumentos, o ritmo, uma mistura de
milonga com cumbia (estilão de fronteira), os termos e gestos e também os
personagens e lugares pitorescos descritos pelo poema da música são relacionados
ao meio, ao lugar. Ou seja, um trabalho totalmente regional com um típico universo fronteirista, se torna um alvo de críticas e polêmicas.
Temos
tantas outras músicas dentro do Rio Grande com duplos sentidos e até mesmo
bagaceiras mais ofensivas, colocando o gaúcho como centro de anedotas e elas são
tocadas nos bailes das entidades.
Por
isso peço que revejam seus conceitos, pois cercear o trabalho de um artista de
expressão como Joca Martins é no mínimo é uma atitude não muito inteligente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
TCHÊ, DEIXE UM COMENTÁRIO PARA MINHA QUERÊNCIA