CARPINTEIRO DA RIBEIRA
Da fazenda Guajuvira,
Reponto gado bravio...
Fui construir o meu rancho
Lá nas barrancas do rio!
Do tronco da Timbaúva
Construí minha canoa
Pra pescar o pão do rio...
Cortei o vento na proa!
No ofício de pescador,
Com caniço,ou espinhel
Muito dourado eu pesquei...
Nas águas pintadas de céu!
Sou canoeiro,
De quina e proa...
Eu sou Gaúcho,
Sou de Canoas!
Do campo para a cidade,
Poeta me fiz cantor...
Carpinteiro da Ribeira
Com sina de pescador!
O trem cortou a cidade,
A BR sangrou de morte...
Ao rio restou mortandade...
Entregue a própria sorte!
Mas, a cidade cresceu:
Petróleo, Metrô e avião!
Nas noites de remo e rio...
Navega meu coração!
Me fiz um gaúcho urbano,
Para criar descendências...
Mantendo firmes as raízes:
Essa é a MINHA QUERÊNCIA!
Voa minha Canoas...
Empunha tua bandeira
O teu Norte é rumo certo
Pra tua gente hospitaleira!
És arco-íris de cores,
Em tamanha diversidade...
Tua beleza é imensa...
Canoas minha cidade!
(Texto: Clóvis Aírton Braga, poeta canoense;
Monumentos: Origens e O futuro
do Escultor canoense Vinício Cassiano;
O arco-íris do céu da MINHA QUERÊNCIA)
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