sexta-feira, 9 de abril de 2010

CARPINTEIRO DA RIBEIRA



CARPINTEIRO DA RIBEIRA


Da fazenda Guajuvira,
Reponto gado bravio...
Fui construir o meu rancho
Lá nas barrancas do rio!

Do tronco da Timbaúva
Construí minha canoa
Pra pescar o pão do rio...
Cortei o vento na proa!

No ofício de pescador,
Com caniço,ou espinhel
Muito dourado eu pesquei...
Nas águas pintadas de céu!

Sou canoeiro,
De quina e proa...
Eu sou Gaúcho,
Sou de Canoas!

Do campo para a cidade,
Poeta me fiz cantor...
Carpinteiro da Ribeira
Com sina de pescador!


O trem cortou a cidade,
A BR sangrou de morte...
Ao rio restou mortandade...
Entregue a própria sorte!

Mas, a cidade cresceu:
Petróleo, Metrô e avião!
Nas noites de remo e rio...
Navega meu coração!

Me fiz um gaúcho urbano,
Para criar descendências...
Mantendo firmes as raízes:
Essa é a MINHA QUERÊNCIA!

Voa minha Canoas...
Empunha tua bandeira
O teu Norte é rumo certo
Pra tua gente hospitaleira!


És arco-íris de cores,
Em tamanha diversidade...
Tua beleza é imensa...
Canoas minha cidade!


(Texto: Clóvis Aírton Braga, poeta canoense;
Monumentos: Origens e O futuro    
  do Escultor canoense Vinício Cassiano;
O arco-íris do céu da MINHA QUERÊNCIA)

***

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