Como poderia a história esquecê-los? De modo algum, pois seus nomes tornaram-se símbolos caros para nós, e mais caros ainda serão para as gerações futuras, à medida que a lembrança de seus humildes nomes se distâncie no tempo...
Sirvam as referências ai registradas como uma homenagem a memória dos humildes Carpinteiros da Ribeira que, num momento histórico , embora sem se aperceberem batizaram com o labor de suas mãos a cidade e o município em que vivemos. A memória dos cinco pardos que foram os primeiros moradores do nascente povoado, já agora não pertence antigos canoenses, porque entra para os anais do município como patrimônio de todos.
(João Palma da Silva, As origens de Canoas, 1963)
OS GAMELEIROS
CARPINTEIROS DA RIBEIRA
ABREM O FOLE DA GAÍTA
NO CAPÃO DAS CANOAS Á BEIRA...
COM AGUÁ ARDENTE A FARRA É FEITA
DO INSTRUMENTO É FABRICANTE
O TIO JOSÉ MULATO IRMÃO
DO ELIAS, ANTONIO E SEBASTIÃO
GAMELEIROS E CANOENSES CANTANTES
SE OUVIR DO CAPÃO AMOROSA CANTIGA
PENETRANDO ESTE PEITO SOFRIDO
LEMBRO SAUDOSO DAQUELE FORMIGA
RAZÃO ÚNICA DO MEU AMOR FERIDO.
(Antonio José Pereira, poeta canoense, nascido a 17/10/1880)
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