domingo, 6 de janeiro de 2013

DIA DE REIS - 06 DE JANEIRO





HOJE É DIA DE REIS

No dia 6 de janeiro, pelo calendário brasileiro, comemora-se o Dia dos Santos Reis, um auto popular realizado até 1950 e ainda vivo em muitas regiões brasileiras. E a lembrança dessa festa de caráter religioso - uma das mais populares de nosso país - é de grande importância para o Folclore do Brasil. Nos dias atuais, abre-se várias oportunidades para que esse antigo festejo religioso venha a ser retomado. O dia 6 de janeiro encerra a Folia de Reis,  iniciada na Noite de Natal ou a partir do dia 1. de janeiro. O Terno de Reis ou Reisado, embora tenha sido realizado também nos arredores das cidades grandes, como nos bairros Cidade Baixa e Belém Velho, de Porto Alegre-RS, sempre foram manifestações essencialmente agro-pastoris, vivenciadas na sua grande maioria pela gente simples do interior. Em Rio Pardo e Viamão, por exemplo, cidades de procedência luso-açoriana, era tradição famílias inteiras participarem dos Rezes ou Bandos de Reis, como também eram conhecidas as Folias de Reis. Entretanto, foi nas áreas rurais e agrícolas  que se manteve admirado o culto desse costume popular. Se os grupos aparecessem durante o Ciclo de Natal - de 25 de dezembro a 6 de janeiro -, os autos do Bumba-meu-boi eram precedidos pelo Terno de Reis, composto de seis pessoas: 5 cantadores e 1 tocador, no geral, de acordeom. O Terno cantava na porta, entrava e pedia para o mastro - o Pau-de-fita - se posicionar na sala. A ladainha do Terno dava-se com três vozes - a terceira e última, bem fina, conhecida como tipa; duas vozes médias e na frente outras duas, as primeiras vozes. Na região de Torres o Terno geralmente era autônomo, mas podia aparecer antes do boizinho, de duas maneiras: precedendo-o no mesmo grupo, ou com desfile independente. Carregando um saco no peditório, solicitavam ofertas, como  peru - muito barato na região - e galinha. Em Osório o Terno formado pelos irmãos Domingos e Juvêncio Corrêa de Andrade - o primeiro na viola e o segundo na rebeca, à frente de parentes e amigos -, percorria a costa da serra até Cidreira, retornado no dia 6 de janeiro. No percurso, durante a noite, chegando em frente a uma casa, o Terno principiava o canto, em dueto: surgiu festiva e brilhante, espargindo dia luz, a estrela dos Reis Magos anunciando Jesus... Pediam licença para entrar. Depois, já no interior da residência, cantavam modinhas populares. O dono da casa oferecia aos visitantes o que houvesse na casa, desde café e seus acompanhamentos até frutas e doces. Se vinho fosse oferecido, os participantes evitavam embriagarem-se, tomando apenas um gole cada um, em virtude do caráter religioso da festa. Em outras regiões os próprios integrantes do Terno carregavam alimentos para ajudar o dono da casa na ceia. Sempre cantando, o Terno louvava os Reis Magos e o Menino Jesus, no presépio; saudava e agradecia aos donos da casa; despedia-se e dirigia-se a outra casa, durante todo o período do Reisado, até o dia 6. Neste dia, na residência pré-determinada, realizava-se a grande festa, com a contribuição dos donativos oferecidos pelos vizinhos, no decorrer de todo o ano, como galinhas, porcos, ovelhas, carne de gado e outros. E, para o ano seguinte, definia-se qual a casa a guardar o estandarte ou o mastro e a sediar a próxima Folia de Reis. (Fonte: Laytano, 1984). No Folclore Gaúcho Brasileiro, oriundo da região do Pampa Sul-brasileiro - o qual não se confunde com o amplo Folclore Sul-rio-grandense, mais abrangente por referir-se a todo o Estado Sulino -, o Terno de Reis há de valorizar, cultuar, zelar, preservar e corretamente divulgar a antiga, regional, campeira, verdadeira e tradicional Pilcha Gaúcha Oficial e de Honra do Rio Grande do Sul (Lei RS Nr. 8.813, 20.01.1989), os instrumentos, os conteúdos morais, os ritmos e os compassos musicais da autêntica Tradição Gaúcha Sul-rio-grandense, herdada dos antepassados Gaúchos Campeiros do Pampa Sul-brasileiro. A seguir publicamos um texto de grande valor informativo. Três Reis adorando o Rei dos Reis. OS REIS ENCONTRAM A CRIANÇA. A 'estrela' parou sobre um estábulo, num campo diante de uma gruta. Seu brilho aumentou. Os reis perceberam a pobreza do local, mas apearam de seus camelos, entrando no estábulo. Uma luz divina iluminava o ambiente. Viram a criança e a mãe, envoltas em luz. A alegria foi tão grande que caíram de joelhos, beijando o chão. Belchior pegou a taça de ouro e disse: 'Até hoje somente reis beberam nesta taça. Agora ela será iluminada pela tua luz. Aceita o ouro!'. Baltazar em seguida entregou o incenso dizendo: 'Criança Divina! Trago-te o incenso, do mesmo que era queimado nos rituais sagrados do velho templo da montanha. Abre-nos uma nova era'. O Rei negro Gaspar ofereceu mirra dizendo: 'Menino da estrela! Aceita a mirra que nasceu do poço que continha a última água. Sob tua luz, a fonte da vida vai começar a fluir!'. Os três reis, então, entraram em transe e viram tudo o que aconteceria daí por diante. Suas almas elevadas assistiram a sermões, a vida de Cristo, sua crucificação e morte, e a ressurreição no terceiro dia. Quando se levantaram, eram homens diferentes. Despediram-se e sentiram que agora a luz da 'estrela' estava em seus corações. Retornando a Jerusalém, pararam para descansar antes de falar com Herodes, sobre o encontro da criança. Mas um 'anjo' apareceu aos três, em um sonho, e lhes disse que não voltassem ao palácio de Herodes, pois ele tencionava fazer mal à criança. Afastaram-se, então; e dizem os livros antigos que os reis levaram as boas novas aos seus países, partindo depois para um retiro espiritual no alto das montanhas, vivendo ali em fraternidade. Ao saber disso, o rei Herodes ficou perturbado, mandou matar todas as crianças; na certeza do seu falso poder, pensou que mataria também o menino Jesus. Mas seu plano falhou. O menino Jesus sobreviveu. (Autoria: Suely Braz Costa - Escritora, Palestrante e Consultora). O resgate desse Patrimônio Folclórico do Brasil, constituído pelo Terno de Reis, além de propiciar a integração, o congraçamento e a salutar confraternização entre vizinhos, parentes e amigos, é de grande importância para a preservação e a valorização dessa antiga Festa Religiosa de origem lusitana, parte marcante da rica Cultura Popular Brasileira!



PARAGUAIOS E ARGENTINOS
COMEMORAM DIA DE REIS

06.01.11 - Paraguaios e argentinos da Tríplice Fronteira celebram, nesta quinta-feira (06), o Dia dos Reis Magos, data em que, tradicionalmente, são feitas trocas de presentes entre familiares e amigos. A data é aguardada com grande ansiedade por crianças de todas as idades.
A troca de presentes no dia 06/01 faz parte da cultura hispânica e tem como base a tradição cristã que narra que três reis magos do oriente (Melquior, Baltazar e Gaspar) seguiram o sinal de uma estrela para encontrar o menino Jesus e levar oferendas para comemorar sua chegada à terra dos homens.
Em tempos modernos, as oferendas às crianças que “comportaram-se bem” ao longo do ano ultrapassam as barreiras da tradição e invadem o campo da tecnologia, com brinquedos e produtos eletrônicos e de informática encabeçando a lista dos presentes mais pedidos.
Nas ruas de Ciudad del Este, vendedores informais oferecem, no entanto, todos os tipos de brinquedos e artigos de verão, como boias e piscinas, a preços que variam entre o “popular” e o “sofisticado”.
O Dia de Reis é aproveitado, também, para mutirões e atos de solidariedade, com a distribuição de presentes a meninos de rua e crianças de comunidades carentes, cujos “reis magos” não podem dar-se ao luxo de presenteá-los. Para saber mais sobre a figura dos reis, conforme a tradição hispânica.

Por Guilherme Wojciechowski - SopaBrasiguaia.com.br


Música de Ivo Ladislau e Carlos Catuípe apresentada no show de lançamento do CD dos Cantadores do Litoral em Porto Alegre no dia 18.09.09.

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