Release Fábio Soares por Tríssia Ordovás Sartori
Fábio
Soares é urbano e vive em um apartamento. Nasceu em Caxias há 29 anos, mas
sempre teve muito apreço pelos valores típicos regionais. Freqüentador de CTG
desde a infância, percebeu que poderia usar a arte para reverenciar os costumes
do Rio Grande do Sul. Lapidando versos e domando cordas, decidiu reviver
histórias de antepassados por meio da música. Assim surgiu o CD nativista “Tropeiro,
Meu Destino”, disco solo de estréia do músico.
Ele tinha sete anos quando começou a freqüentar o GTCN Velha Carreta com amigos e aprendeu a tocar acordeon. Na entidade o menino também aprendeu violão, como autodidata. Os pais, naturais do interior de Lages (SC), mudaram-se para Caxias do Sul na década de 1970 e não participavam desses centros de tradições. Os avós e bisavós, no entanto, eram tropeiros, e Soares ficou fascinado por esse universo viajante.
Ele tinha sete anos quando começou a freqüentar o GTCN Velha Carreta com amigos e aprendeu a tocar acordeon. Na entidade o menino também aprendeu violão, como autodidata. Os pais, naturais do interior de Lages (SC), mudaram-se para Caxias do Sul na década de 1970 e não participavam desses centros de tradições. Os avós e bisavós, no entanto, eram tropeiros, e Soares ficou fascinado por esse universo viajante.
–
Sempre achei a figura do tropeiro interessante e quis despertar esse interesse
nas pessoas – explica o músico.
O
disco traz um livreto contando a história dos tropeiros, e Soares apropria-se
desse mundo repleto de interações com diferentes culturas para misturar sons.
Percebe a questão musical como uma riqueza das tropeadas e incorpora em “Tropeiro,
Meu Destino” instrumentos incomuns à música gaúcha, como piano e flauta. Por
meio da escolha do tema, quis mostrar que a figura do tropeiro transcende a
questão regional, ele é do mundo.
As
andanças de Soares para tocar, acompanhando grupos ou apresentações de CTGs, e
as pesquisas sobre a rotina dos antepassados refletem-se na musicalidade do
disco, perceptivelmente influenciado por Luiz Marenco e pela poética de Gujo
Teixeira, na formação de versos e construção de sentidos sofisticada.
– Com o tempo, descobri que gostava de escrever.
Fui aprendendo novas palavras, estudando temas e tentando aproveitar os
momentos de inspiração para anotar ideias. Queria um disco que tivesse
musicalidade – afirma.
Durante
oito anos, Soares esteve envolvido na concepção do trabalho, que tem produção
musical de Lázaro Nascimento e financiamento do Financiarte. Intérprete,
letrista, compositor e arranjador reconhecido, já foi premiado por 5 vezes no
Encontro de Artes e Tradição Gaúcha (Enart), o maior evento amador da América
Latina, além de premiações nos Rodeios Internacionais de Vacaria, Osório e
Passo Fundo e diversos festivais de música nativista.
O primeiro disco de
Fábio Soares foi com o grupo Pátria e Querência, que gravou cinco composições
dele. Em 2005, produziu o disco “Um Sonho Domingueiro”, com Cleber Casagrande.
Cinco anos mais tarde, no grupo Pátria Sulina, de Lages (SC), participou do
disco “Por Isso Canto Senhores”, com temas do poeta e músico Rogério Villagran.
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