COLETIVA ALMOÇO
DA FECOMÉRCIO
Ontem, dia 01/12, as Fecomércio
reuniu a imprensa para um almoço de final de ano em sua sede, em Porto Alegre,
para apresentar os números do comércio em 2015 e fazer as perspectivas da
Fecomércio para 2016.
O evento teve início com a palavra
do anfitrião, Sr Luis Carlos Bohn, prevendo que a conjuntura econômica
negativa, feverá se aprofundar no 1º semestre em 2016. E baseando-se nas
perspectivas para o setor terciário (comércio de bens, serviços e turismo)
também terá um impacto negativo pelas perspectivas para o ano que se avizinha.
”Vivemos uma crise essencialmente interna, e não podemos devemos
responsabilizar o resto do mundo pelo desempenho ruim da nossa economia.
Enquanto o PIB brasileiro cai acentuadamente, os principais países do mundo
estão crescendo.
Também salientou a luta pela
redução da carga tributária e com o
slogam “basta de tantos impostos” a Fecomércio liderou este ano o movimento
empresarial na luta contra o aumento e a criação de mais tributos que pesam
sobre o setor produtivo como um todo.
Cabe salientar a postura do Sr.
Luis Carlos Bohn, que, há muito tempo vem se postando contra este modelo de
política econômica apresentada pelos governos federal e estadual. Afirmamos que
nesta atual conjuntura política, que a corrupção impera no Brasil e que as más administrações sucateiam os estados,
está na hora da sociedade organizada se posicionar e deixar marcada a sua
opinião política. Por isso é muito importante os presidentes das federações
Fecomércio, Farsul e Fiergs se posicionem.
Em seguida o consultor econômico
Marcelo Portugal apresentou o balanço 2015 e as tendências para o comércio em 2016. Marcelo enfatizou
que a crise foi criada por nós , não é fruto de uma recessão internacional, o
Estados Unidos cresceram 2,6%, a zona do Euro cresceu 1,5% e a China teve um
crescimento de 6,8%.
No período de 2011 a 2014 o
governo federal introduziu fortes doses
de ANABOLIZANTE MONETÁRIO (juros baixo, atingindo 7,5% ao ano) e ANABOLIZANTE
FISCAL (aumento de gastos públicos com Mais Médicos, FIES, Minha Casa Minha
Vida, Pronatec, Ciência Sem Fronteiras, aumento de gastos correntes).
O governo já retirou o
ANABOLIZANTE MONETÁRIO. Ainda falta retirar o fiscal, apesar de prometer,
recorrentemente, que vai fazer isso.
CÍRCULO VICIOSO:
FALTA DE DEFINIÇÃO FISCAL
PREJUDICA A ECONOMIA
• O déficit primário provoca o
crescimento da dívida pública, aumentando o risco de insolvência futura.
• A elevação do risco causou a
perda do Grau de Investimento.
• Risco Maior + Sem Grau de Investimento
= Desvalorização cambial excessiva.
• A desvalorização gera mais
inflação, o que reduz a renda e a confiança das famílias.
• Menor renda e menor confiança
inibem o consumo, o que, por sua vez, induz a uma queda na produção.
• Crescimento lento da economia
não impulsiona a arrecadação.
PERSPECTIVAS PARA 2016
• Crescimento econômico (PIB)
ainda negativo, próximo de -2,0%.
A última vez que observamos dois
anos seguidos com crescimento negativo do PIB
foi em 1930-31 (-2,1% e -3,3%,
respectivamente).
• A inflação deverá continuar
elevada, entre 6% e 7%. Porém, isso representará uma queda em relação aos 10%
esperados para 2015
• O “Fundo do poço” deverá ocorrer
no primeiro semestre de 2016.
O ano será progressivamente
“melhor”.
• O Dólar deve continuar caro, em
torno dos R$ 4, pressionado pelo descontrole político e pela elevação dos juros
nos EUA.
• Assim como em 2015, a incerteza
política continua a atrapalhar o desempenho econômico.
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