terça-feira, 1 de dezembro de 2015

COLETIVA ALMOÇO DA FECOMÉRCIO




COLETIVA ALMOÇO 

DA FECOMÉRCIO

Ontem, dia 01/12, as Fecomércio reuniu a imprensa para um almoço de final de ano em sua sede, em Porto Alegre, para apresentar os números do comércio em 2015 e fazer as perspectivas da Fecomércio para 2016.
O evento teve início com a palavra do anfitrião, Sr Luis Carlos Bohn, prevendo que a conjuntura econômica negativa, feverá se aprofundar no 1º semestre em 2016. E baseando-se nas perspectivas para o setor terciário (comércio de bens, serviços e turismo) também terá um impacto negativo pelas perspectivas para o ano que se avizinha.
”Vivemos uma crise  essencialmente interna, e não podemos devemos responsabilizar o resto do mundo pelo desempenho ruim da nossa economia. Enquanto o PIB brasileiro cai acentuadamente, os principais países do mundo estão crescendo.
Também salientou a luta pela redução da carga tributária  e com o slogam “basta de tantos impostos” a Fecomércio liderou este ano o movimento empresarial na luta contra o aumento e a criação de mais tributos que pesam sobre o setor produtivo como um todo.

Cabe salientar a postura do Sr. Luis Carlos Bohn, que, há muito tempo vem se postando contra este modelo de política econômica apresentada pelos governos federal e estadual. Afirmamos que nesta atual conjuntura política, que a corrupção impera no Brasil e que  as más administrações sucateiam os estados, está na hora da sociedade organizada se posicionar e deixar marcada a sua opinião política. Por isso é muito importante os presidentes das federações Fecomércio, Farsul e Fiergs se posicionem.


Em seguida o consultor econômico Marcelo Portugal apresentou o balanço 2015 e as tendências  para o comércio em 2016. Marcelo enfatizou que a crise foi criada por nós , não é fruto de uma recessão internacional, o Estados Unidos cresceram 2,6%, a zona do Euro cresceu 1,5% e a China teve um crescimento de 6,8%.
No período de 2011 a 2014 o governo federal  introduziu fortes doses de ANABOLIZANTE MONETÁRIO (juros baixo, atingindo 7,5% ao ano) e ANABOLIZANTE FISCAL (aumento de gastos públicos com Mais Médicos, FIES, Minha Casa Minha Vida, Pronatec, Ciência Sem Fronteiras, aumento de gastos correntes).
O governo já retirou o ANABOLIZANTE MONETÁRIO. Ainda falta retirar o fiscal, apesar de prometer, recorrentemente, que vai fazer isso.

CÍRCULO VICIOSO:

FALTA DE DEFINIÇÃO FISCAL PREJUDICA A ECONOMIA
• O déficit primário provoca o crescimento da dívida pública, aumentando o risco de insolvência futura.
• A elevação do risco causou a perda do Grau de Investimento.
• Risco Maior + Sem Grau de Investimento = Desvalorização cambial excessiva.
• A desvalorização gera mais inflação, o que reduz a renda e a confiança das famílias.
• Menor renda e menor confiança inibem o consumo, o que, por sua vez, induz a uma queda na produção.
• Crescimento lento da economia não impulsiona a arrecadação.

PERSPECTIVAS PARA 2016

• Crescimento econômico (PIB) ainda negativo, próximo de -2,0%.
A última vez que observamos dois anos seguidos com crescimento negativo do PIB
foi em 1930-31 (-2,1% e -3,3%, respectivamente).
• A inflação deverá continuar elevada, entre 6% e 7%. Porém, isso representará uma queda em relação aos 10% esperados para 2015
• O “Fundo do poço” deverá ocorrer no primeiro semestre de 2016.
O ano será progressivamente “melhor”.
• O Dólar deve continuar caro, em torno dos R$ 4, pressionado pelo descontrole político e pela elevação dos juros nos EUA.
• Assim como em 2015, a incerteza política continua a atrapalhar o desempenho econômico.




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