domingo, 31 de outubro de 2010

ENART 2010 - CANOAS DECLAMANDO




 
Sou escravo da rima...
...ela me ordena!
De a muito me condenou
-ainda me condena-
a um ostracismo lírico - terrunho...
...que tolhe meu espírito sedento
de voar- livre- pelo branco do poema...


 PRISCILA ALVES - CTG BRAZÃO DO RIO GRANDE
 
EMERSON PEREIRA DE LIMA (ALEGRETE)
CTG BRAZÃO DO RIO GRANDE

CAROLINE LISBOA - DTG MORADA DE GUAPOS
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CTG ESTÂNCIA GAÚCHA - NO ENART 2010





Cada vez mais o CTG Estância Gaúcha se firma como um dos grandes CTGs do ENART, e um CTG de ponta no Rio Grande do Sul, nos dias 19, 20 e 21 de novembro, o Estância será Canoas nas danças tradicionais  do ENART em Santa Cruz.



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HISTÓRIA DO ENART




A HISTÓRIA DO ENART

MOBRAL – Movimento Brasileiro de Alfabetização – Na década de 70, este movimento empenhava-se em combater o alto nível de analfabetismo no país. No Rio Grande do Sul, além de alfabetizar, também almejava divulgar a cultura como forma de elevar a auto-estima da população e oportunizar o surgimento de novos valores artísticos. O professor e advogado Praxedes da Silva Machado, responsável cultural pelo Mobral na época, buscou a parceria do Movimento Tradicionalista Gaúcho e, com a participação do IGTF – Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore criaram o Festival Estadual de Arte Popular e Folclore, que se popularizou como Festival Estadual do Mobral. O evento foi idealizado para ser itinerante, isto é, cada ano em uma cidade diferente.
A primeira edição deste festival foi no ano de 1977, cuja fase final realizada na cidade de Bento Gonçalves. A 2ª em 1978 - Porto Alegre, a 3ª em 1979 - Lajeado, a 4ª em 1980 - Cachoeira do Sul, a 5ª em 1981 - Lagoa Vermelha, a 6ª em 1982 - Canguçu, a 7ª em 1983 - Soledade e a 8ª em 1984 - Farroupilha. Em 1985, a 9ª edição seria em Rio Pardo, como as autoridades do município desistiram, Farroupilha sediou novamente. Decidiu-se então não mais alternar o local, uma vez que Farroupilha se propunha em continuar realizando anualmente a final.
A partir de 1986, o evento passa a ser promovido pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho e muda de nome: FEGART – Festival Gaúcho de Arte e Tradição, sempre no último final de semana de outubro, permanecendo em Farroupilha da 1ª à 11ª edições, portanto até o ano de 1996. Tendo em vista o crescimento do festival, em 1997 (12ª edição) transferiu-se para Santa Cruz do Sul e por questões judiciais, muda de nome em 1999: ENART – Encontro de Artes e Tradição Gaúcha, que neste ano de 2010 será realizada a 25ª edição do ENART (bodas de prata) e 34ª edição desde o festival originário (MOBRAL).
(Fonte site do MTG)

PROGRAMA FOGO DE CHÃO

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

28 DE OUTUBRO DIA DO FERROVIÁRIO

 CAVALO DE AÇO


 No começo...
Cavalo de aço era fumacinha.
E a fumacinha... Era tudo.
Ligava o cais do porto 
de Porto Alegre a São Leopoldo
E as cidades desconhecidas
Os olhos da população eram como girassóis
O tempo passou e o moderno avançou.
O cavalo de ferro 
enferrujou e desapareceu no horizonte.


Ninguém mais ligou
Para o cavalo de ferro e a fumacinha
A luz tenebrosa de um trem urbano
Mudou a história.
a história do trabalhador.
Ninguém pode parar este trem.
O trem urbano continua ligando o cais
De Porto Alegre a São Leopoldo.
Cavalo de aço não é de tróia.
Nóia, nóia, nóia!


O trem desbravou o vale dos sinos
O trem suspenso flutua
Entre árvores e arranha-céus
Para te levar... Para namorar.
No oeste, o húngaro partiu 
E deixou Maria Fumaça na primavera
A alma do trem "zion"
Chegou antes de o "Minuano" cortar o vale
E me ligou a cidade desconhecida
Não posso perder este trem...
(Moacyr Vargas Junior)

 


Em comemoração ao dia do ferroviário a fundação Cultural de Canoas, promoveu hoje a 7º Festa do Ferroviário, e contando com  os estafetas, tucos e maquinistas fizeram a festa.  





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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

EM MEMÓRIA

ANTÔNIO JOSÉ GIACOMAZZI
(1941 - 2010)

  Por motivo da correria do dia-a-dia, nós por uma série de fatores, vamos ficando mais distantes e desatentos e principalmente no meio da turbulência da Semana Farroupilha e como este é o nosso segmento cultural.
Por algum motivo notei que de setembro até os dias de hoje a cidade ficou mais triste, a cidade está perdendo suas cores vivas, talvez o pincel do arco-iris perdeu os pelos, ou pela falta do amigo Antônio José Giacomazzi (10/09).
Quando olho um jornal velho, por hobby, leio o que a página noticiava "Luto em Canoas pelo artista Giacomazzi"
parece que naquele momento o chão sumia de meus pés e o coração começou a pesar, pela passagem de um grande homem, antes de ser um grande artista.
Um artista plástico, escritor e cantor, já não sei qual a ordem correta.
Uma das pessoas mais avançadas culturalmente, um ícone. Basta ver sua maciça participação em todas as áreas da cultura canoense.
Um paulista de Salto, mas com um coração canoense:
NÓS E ELES...
OS QUE ADOTARAM CANOAS COMO SUA SEGUNDA TERRA, 
E OS QUE NASCERAM NELA...
E OS QUE, POR OUTROS TERRITÓRIOS E CAMINHOS,
CUMPRIRAM E CUMPREM SEU DESTINOS
AFINAL
ELES E NÓS SOMOS TODOS UMA SÓ TRIBO, PORQUE NOS AMARRARAM LAÇOS MAIS FORTES QUE SIMPLES PROXIMIDADE FÍSICA E A SEMELHANÇA ESPECÍFICA. 
(Tonito)

Por isso D. Vilma e familiares, podem ter certeza, pois quem viveu pintando maravilhas, escrevia a pureza do amor e cantava as obras celestes só pode estar ao lado de Deus.


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

CRIADOR E CRIATURA - VINÍCIUS CASSIANO

( imagem de Voldinei Lucas) 

O CRIADOR E CRIATURA

Na tarde de terça feira (19/10), cruzando a Praça da Emancipação, encontrei o Sr. Vinícius Cassiano em volta de sua criação , o Monumento ao Futuro. Parei , fotografei e conversamos sobre a visão dele da atual conjuntura  cultural de Canoas então ele falou para o Minha Querência:


Segundo Cassiano: "Um povo que não cultiva suas as tradições, esse povo certamente vai ser dominado por outros povos". Sobre as tradições e heranças culturais ele falou "Os povos lutam pela honra da sua história, guardam a herança do passado.


Da conjuntura cultural do povo de Canoas disse que Canoas é uma cidade cosmopolita de pessoas que vieram  de fora para fazer a sua história, por isso não trazem ligações históricas com a cidade não tem apego ao passado da cidade, cabe a nós (articuladores culturais) resgatarmos a nossa história lembrando da obra de João Palma da Silva complementando que todas ações culturais de resgate a memória da cidade em todas as manifestações é a cultura em movimento e até citou uma passagem bíblica quando disseram para Cristo calarem os apóstolos: "Se eles não falarem um dia, as pedras haverão de falar". Para encerrar "O homem não pode ficar sem cultura e arte, seriamos robôs, um ser sem alma".


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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

RANCHO CRIOULO CCT - EM ARARANGUÁ / SC



Após um longo inverno, o Rancho Crioulo CCT despertou, através de seu grupo adulto de danças tradicionais, conquistou o troféu de primeiro lugar no Rodeio do CTG Galpão de Estância em Araranguá na bela e linda Santa Catarina nos dias 11 e 12 de outubro, coroando um projeto que está dando bons resultados. 


Parabéns a todos envolvidos neste projeto, dançarinos, musical e principalmente ao casal de instrutores que foram os fiadores desta conquista Lilian e Rodrigo na figura deles homenageamos também aos instrutores que ajudaram esta caminhada.


Não esquecemos  a Nice  e o Pingo, deixamos eles por ultimo para uma homenagem especial, pois não é fácil fazer uma troca de mentalidade e estilo, precisa ter muita persistência. Parabéns patrão e patroa por este acerto. 

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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

TEORIA DO TEMPLADISMO - A ESTÉTICA DO FRIO


POR UMA GEOGRAFIA DA MÚSICA: 
NOTAS INICIAIS SOBRE O ESPAÇO GEOGRÁFICO 
DA MÚSICA POPULAR PLATINA
O tema deste artigo versa sobre os resultados preliminares da pesquisa: Por uma geografia da música, focada no estudo geográfico da música popular platina através de um grupo de compositores – suas representações do espaço geográfico, as articulações e atuações em território-rede, a inserção nas políticas culturais e os aspectos da multiterritorialidade presente nesse fenômeno musical particular. A proposta de pesquisa é uma continuidade do trabalho de graduação anterior, adicionando-se outros elementos. Inicialmente se realiza uma síntese dos trabalhos sobre geografia e música a nível nacional e internacional. Em seguida propõe-se uma abordagem teórica que se baseia: na conceituação de espaço geográfico, fornecido por Milton Santos; nas conceituações de território e territorialidade em Guy Di Méo, Claude Raffestin e Robert Sack; nos aspectos ligados à globalização e mundialização da cultura, e também às identidades territoriais, expressos em Joan Nogué; na teoria das representações sociais de Serge Moscovici e Denise Jodelet; nas reflexões sobre espaço, território e música de Yves Raibaud, e nas considerações sobre a vínculos territoriais e multiterritorialidade do espaço geográfico, de Rogério Haesbaert e Alvaro Heidrich. Apresentam-se em seguida alguns resultados preliminares da pesquisa. 1) As representações do espaço que os músicos realizam levam à compreensão de uma certa “recomposição do território”, mediante um discurso pautado na integração e na (re)identificação dos traços culturais que ligam os países da região platina. 2) Ao mesmo tempo, órgãos ligados ao Mercosul promovem diversos eventos musicais os quais são convidados alguns dos pesquisados neste trabalho; com isso, tenta-se mostrar como a institucionalidade política usa a música popular com deliberada estratégia territorial, geradora de identidade/territorialidade. 3) A articulação dos músicos se dá em rede, e tem como nós principais, Buenos Aires, Montevidéu e Porto Alegre; nestas duas últimas os intercâmbios têm sido mais intensos, em termos de shows e parcerias musicais. 4) Os músicos participam de outras redes musicais, que os ligam com outras regiões e continentes, levando a visualizar a condição multiterritorial destes atores. Ao final do texto, chama-se atenção ao uso da música como importante ferramenta para a compreensão geográfica da cultura na contemporaneidade. A geografia da música, longe de se uma proposta de nova disciplina, como parece sugerir o nome, é uma denominação que indica o interesse pela música nas abordagens em geografia social e cultural; o seu desenvolvimento pode contribuir para a construção de referenciais teóricos e metodológicos que possibilitem visualizar na música uma forma de compreensão da cultura e das manifestações artísticas, do território em sua dimensão simbólica, e abre um campo de discussão com outras ciências humanas já avançadas na temática da música, como a sociologia, a história e a antropologia. 
(Lucas Manassi Panitz.  Geógrafo. Mestrando em Geografia. Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.)

sábado, 16 de outubro de 2010

GRAVAÇÃO DO DVD DE 10 ANOS DE CÉSAR OLIVEIRA E ROGÉRIO MELO

 
 
Gravação do novo DVD de 
 César Oliveira e Rogério Melo
 
No dia 23 de outubro, sábado, ocorre a gravação do DVD comemorativo aos dez anos de Carreira de César Oliveira e Rogério Melo. O espetáculo que irá compor este trabalho se realizará concomitantemente à 76ª Expofeira e a I Carreteada de Arte e Cultura Regional, em São Gabriel/RS, cidade que marca a procedência de ambos.
A proposta do DVD é apresentar um apanhado da carreira do dueto. Seu repertório passa por sucessos, músicas do início da carreira e também por temais atuais, registrados no recém lançado CD “Cantiga para o meu chão”.
O show de abertura ficará por conta de Luciano Maia & Quarteto Riograndense. Convidados especiais também estarão presentes, entre eles Mauro Moraes, Shana Muller, Anomar Danúbio Vieira, Rogério Villagran e o grupo de dança Os Chimangos, que participaram também dos DVDs “Pátria Pampa” e “O Campo”.                                                                       
Os ingressos já estão à venda em Porto Alegre, Santa Maria, Caxias do Sul e São Gabriel e também pelo site www.cesarerogerio.com.br

 Serviço:
 
O que: Gravação do 3º DVD de César Oliveira e Rogério Melo
Quando: 23 de outubro, às 22h
Onde: Parque de Exposições Assis Brasil, em São Gabriel/RS
Ingresso: valor único de R$ 20,00
Pontos de venda:
Em Porto Alegre – Multisom do Shopping Praia de Belas
Em Santa Maria – Casa do Gaúcho
Em São Gabriel – Armazém Criollo
Em Caxias do Sul – Galpão do Tio Ci
Ou pelo site www.cesarerogerio.com.br, mediante depósito bancário.
Informações: (51) 9822.9151 ou contato@cesarerogerio.com.br

VAMOS TER ATITUDE



 Durante a 15º quadra da Sesmaria da Poesia Gaúcha, tive a honra de conhecer o caxiense Alberto Salles (Beto Salles), da comissão executiva da Querência da Poesia Xucra de Caxias do Sul, pertencente a 25º Região Tradicionalista que através de seu departamento cultural, preocupada com a atual conjuntura do momento da cultura gaúcha, formalizou um manifesto, o qual recebi e estou postando para a apreciação dos internautas.


VAMOS TER ATITUDE

 O objetivo da criação do CTG, em primeiro lugar, foi à preocupação de preservar e resgatar a nossa cultura, com os usos e costumes dos que aqui antecederam o nosso Estado. Muitos enxergavam apenas um galpão, mas, os tradicionalistas com seus valores nativistas, uma Sociedade. Então essa sociedade, incentivava os adeptos nas mais variadas formas de preservar a multiplicação da sociedade gaúcha.
Naqueles tempos dentro do CTG, os associados tinham acesso ao palco para se apresentar, num almoço ou jantar, o apresentador anunciava as “Pratas da Casa”, e assim, estimulavam aos demais a participarem, estudando nossa história, tocando um instrumento, cantando, contando causos, etc.
Os individuais para o CTG são de fundamental importância, pois, a Patronagem tem a preocupação no seu quadro Social, e terá sempre retorno, porque o individual levará os pais, padrinhos e amigos para assisti-lo.
Se perguntem, porque precisamos pagar um grupo vocal, se dentro do próprio CTG, se tem associados ávidos em participar e contribuir com sua Sociedade.
Está faltando à preocupação em dar continuidade na Renovação com os individuais, ativar o Departamento Cultural, tendo em prioridade a preocupação de ter mais do que três (03) prendas, pra concorrerem ao prendado do seu CTG, estimular aqueles que não conhecem o potencial que tem, criando oportunidade das suas “Pratas da Casa”. Como dizia o cantor e trovador Gildo de Freitas, “Minha Sociedade é o meu CTG”...
Onde estão os trovadores, contadores de causos, gaiteiros, cantores, violonistas, declamadores, os jogos da tava, do truco e o artesanato?
Estamos em débito com a nossa cultura, não estamos?
Naqueles tempos, eles concretizaram o resgate que cultuamos, e que hoje, esta tão difícil manter a sua conservação.
Vamos abraçar este desafio, já que somos herdeiros tradicionalistas desse pago aguerrido, temos orgulho dos que mantiveram a tradição, então, “como queremos ser lembrados, à nova geração?...”



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POLÍTICAS PÚBLICAS DE CULTURA GAÚCHA




NÃO ADIANTA O PREFEITO JAIRO JORGE TER BOA VONTADE DE TRANSFORMAR CANOAS NA CAPITAL DO TRADICIONALISMO, POIS SÓ TRAZER EVENTOS NÃO RESOLVE, TEMOS É QUE INSERIR A POPULAÇÃO CANOENSE NESTE CONTEXTO CULTURAL, SÓ CONSEGUIREMOS ISTO QUANDO DE FORMA CONCRETA OS RESPONSÁVEIS PELA CULTURA SE CONVENCEREM DISSO, SE CONVENCEREM NÃO SÓ EM FATOS, MAIS EM NÚMEROS DE QUE DEVEMOS FORMAR UM DEPARTAMENTO DE CULTURA GAÚCHA, POIS DO TRADICIONALISMO SE EXPANDE DE FORMA CULTURAL, SOCIAL E PRINCIPALMENTE POLÍTICA.

(José Luis Biulchi de Souza,Tradicionalista, Professor, Poeta, Escritor, Historiador e Jornalista MTE/RS 14.000)

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DEPARTAMENTO DE CULTURA GAÚCHA II - ESCOLAS


DEPARTAMENTO DE CULTURA GAÚCHA

Para não deixar passar batido na Semana Farroupilha 2010, faltaram os grupos e invernadas das escolas, lembramos que nos outros anos recebemos em nosso tablado grupos de danças de escolas canoenses, o que faltando para nós é esta proposta, sem projetos, políticas públicas para a cultura gaúcha em nosso município, sem projetos transversais, que coloquem a crianças no contexto, aprendendo através de suas próprias ações num conceito de interdisciplinariedade. 



“NENHUM DE NÓS FOI SEMPRE ADULTO
FOI A CRIANÇA QUE CONSTRUIU NOSSA PERSONALIDADE”

Há muito tempo que as autoridades municipais pensam na cultura regional, até uma lei foi sancionada, mas não foi posta em prática. Porque será?

A forma de renovação da cultura gaúcha, regional, do tradicionalismo, dos usos e costumes, enfim de tudo aquilo que é ligado a nossa terra, passa obrigatoriamente pela educação, não adianta fazer projetos só para jovens, pois se é a criança que dará a continuidade a esta herança social.
Precisam formar, redimensionar, capacitar professores do ensino fundamental, pois se a criança perder a referência regional, também perdera a referência de espaço e tempo.
Vocês conhecem a Lei nº 4361 de 07 de junho de 1999? Não? Pois esta lei municipal fora adormecida, amorcegada, engavetada por total desinteresse da educação, nem fora debatida a sua viabilidade. Vamos lembrá-la na integra:

LEI Nº 4361 de 07 de junho de 1999


INSERE NO CURRÍCULO DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE 1º GRAU, NOÇÕES DA CULTURA TRADICIONALISTA GAÚCHA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.


HUGO SIMÕES LAGRANHA, Prefeito Municipal de Canoas. FAÇO SABER que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte LEI:

Art. 1º. Ficam fazendo parte do currículo das escolas municipais de 1º grau, noções da Cultura Tradicionalista Gaúcha.

I - Para estabelecer o conteúdo determinado no caput deste artigo, a Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto, deverá buscar informações junto ao Movimento Tradicionalista Gaúcho.

Art. 2º. Em todas as Escolas Municipais deverá ser criada "Invernada Artística" integrada pelos respectivos alunos.

Art. 3º. Revogam-se as disposições em contrário.

Art. 4º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE CANOAS, em sete de junho de mil novecentos e noventa e nove (07.06.99).

HUGO SIMÕES LAGRANHA
Prefeito Municipal

E ainda sobre o assunto, vamos lembrar o que a Constituição da Republica Federativa do Brasil diz.
Artigo 210: Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar a formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.




(Grupo Gurizada Missioneira - EMEI Itala Reis - Canela RS)

UM BOM EXEMPLO A SER SEGUIDO

O Projeto Gurizada de Galpão da SMED de Novo Hamburgo, onde a Prefeitura Municipal adotou no ano de 2009: 
O Projeto Gurizada de Galpão foi um programa que levou às escolas atividades características da cultura tradicionalista, como as danças tradicionais e folclóricas e a  declamação por meio de oficinas que são oferecidas no contra-turno das aulas da rede municipal. O programa buscou o resgate e a valorização da história e a geografia do Rio Grande do Sul, além de lendas e folclore.
Para que este projeto desse certo, a Prefeitura de Novo Hamburgo investiu em um curso de formação para professores e diretores das escolas da rede municipal de educação. Com cerca de 50 participantes, o curso teve duração de 20 horas e os encontros ocorreram quinzenalmente. O objetivo foi resgatar na sala de aula os aspectos da história riograndense abordando, principalmente, o folclore, a tradição e o nativismo gaúcho.

Originalmente este projeto era da cidade de Gravataí, fora realizado pela FUNDARC (Fundação Municipal de Arte e Cultura), na gestão do prefeito Sergio Stasiski em 2008, só que na troca do governo municipal este projeto foi extinto.
Precisamos de políticos, administradores, que não governem pelos seus gostos pessoais, mas pelas demandas da população situando-se geograficamente suas preferências de culturais


(Coral do Projeto Gurizada de Galpão - Gravataí)

GURIZADA DE GALPÃO

O Projeto Gurizada de Galpão tem como objetivo integrar crianças e adolescentes, proporcionando uma política cultural e social. A iniciativa busca meios de desenvolver habilidades técnicas, culturais e históricas de nossas tradições, usos e costumes, incentivando a preservação da cultura gaúcha em nosso município. O foco de atendimento são crianças e adolescentes entre seis e 17 anos, no turno inverso da escola. A Prefeitura fará o repasse de recursos (4 mil em 2008 por mês) para as entidades participantes.


(Projeto Gurizada de Galpão - Gravataí)

(José Luis Biulchi de Souza, Tradicionalista, Professor, Poeta, Escritor, Historiador e Jornalista MTE/RS 14.000)
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PROGRAMA FOGO DE CHÃO

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

CARTA AOS INTERNAUTAS


CANOENSES

Como vimos, muitas coisas aqui em nossa Querência, só se resolve politicamente, como levamos a bandeira da cultura gaúcha e do tradicionalismo, apesar de ser cultural, tem que ser discutida e fazer-se ouvida em outros foros, nós do Minha Querência estamos abraçando esta causa, não precisamos de cargos e nem de colocações, procuramos ser ouvidos, pois é só olhar em nosso meio a grandiosidade dos números, basta ver que em nossa Semana Farroupilha tivemos um público estimado em 200 mil pessoas, no desfile mais de 1000 cavalarianos, em nosso município temos mais de 40 entidades associadas na AETC.
Só por estes números temos que ser  respeitados, temos que ser ouvidos e exigir, somos a cultura nativa desta terra. Nos colocamos para ser o seu canal, firmando posição no contexto cultural, social e político de Canoas.
Contatos: josebiulchi@bol.com.br 

(José Luis Biulchi de Souza, Tradicionalista, Professor, Poeta, Escritor, Historiador e Jornalista MTE/RS 14.000)
 

RANCHO FOLCÓRICO SÃO TIAGO DE LOBÃO - PATRIA MÃE -



RANCHO FOLCLÓRICO
SÃO TIAGO DE LOBÃO

Recebemos em Canoas durante a Semana Farroupilha 2010, a visita do Rancho Folclórico São Tiago de Lobão, da Vila de Lobão, Portugal, vindo a convite do G.F Tropeiros da Tradição aqui de nossa cidade, com sua arte, usos e costumes de uma nação.


O Rancho Folclórico de São Tiago de Lobão, além de prestigiar a nossa Semana Farroupilha, também desfilou em Novo Hamburgo e no dia 07 de setembro desfilou em Porto Alegre.


Quando iremos entender sobre povo, cultura, tradição e folclore. Teremos a sensibilidade de compreender como se faz a fusão das idades de uma maneira tão próxima e homogênea. O passado se fundindo, se mesclando com o presente, a integração social entre gerações. 




PARA QUE TU SAIBÁS - NOSSA LATINIDADE



 LATINIDADE


Dá-se o nome de “latinidade” ao conjunto dos povos latinos e seu respectivo modo cultural e social de ser. Antes da fundação de Roma, os povos que habitavam a região da Itália eram chamados “itálicos”, de origem indo-européia. Eles chegaram à região, muito antes da destruição de Tróia e mesclaram-se aos nativos, dando origem a grupos e subgrupos (latinos, faliscos, prenestinos, úmbrios, oscos etc.). O povo latino era o mais famoso desses grupos e habitava os arredores de Roma, na Itália central.
Não se pode afirmar que tenha havido ou que haja uma raça latina. É notório, porém, que há um grupo latino de povos ou nações que se tornaram irmãos por afinidades lingüísticas e por um desenvolvimento histórico comum. Esses povos habitam hoje o Oeste, o Leste e o Sul da Europa, espalhando-se também pelas Américas Central e do Sul.
Seja qual for a origem exata dos povos latinos, sabe-se que não só se uniram a outros povos, como também mesclaram seus costumes. Pode-se dizer que a característica principal do povo latino é a da pluralidade. Dessa forma, o conceito de “latinidade” se amplia, ganhando a forma do pluralismo cultural e da miscigenação.
O Brasil é um país com profundas raízes latinas, trazidas pelos colonizadores portugueses e reforçadas pela imigração dos trabalhadores italianos e de outros povos. Mas nossa latinidade torna-se única e fortalecida quando percebemos a influência negra e indígena existente em nossa cultura.
Essa “tropicalização” da latinidade fez do Brasil um gigante pluricultural que pode enfatizar as palavras de Jorge Amado: “Sou brasileiro puro-sangue [...] uma mistura de português, de negro, de índio, de italiano e, possivelmente, em medida igual, de alemão e de árabe”. É justamente essa mistura de raças e de culturas que torna o povo brasileiro único em identidade, capaz de se ajustar criativamente a toda e qualquer realidade.
Atualmente, a mundialização da tecnologia e da economia, ou seja, a “globalização”, tende a uniformizar os hábitos e a cultura, beneficiando os países mais poderosos. Torna-se necessário, pois, reforçar e valorizar a latinidade, visto que a identidade dos povos que habitam a América Latina é a principal característica que pode nos manter unidos, na defesa de nossos interesses. O desenvolvimento justo e necessário de nosso continente depende da preservação de nossa herança latina.

MINEROS DE CHILE - GRACIAS A LA VIDA - VIOLETA PARRA


GRACIAS A LA VIDA
MINEROS DE CHILE

Gracias a la Vida que me ha dado tanto
me dio dos luceros que cuando los abro
perfecto distingo lo negro del blanco
y en el alto cielo su fondo estrellado
y en las multitudes el hombre que yo amo.


Gracias a la Vida que me ha dado tanto
me ha dado el sonido y el abedecedario
con él las palabras que pienso y declaro
madre amigo hermano y luz alumbrando,
la ruta del alma del que estoy amando

 

 Gracias a la Vida que me ha dado tanto
me ha dado la marcha de mis pies cansados
con ellos anduve ciudades y charcos,
playas y desiertos montañas y llanos
y la casa tuya, tu calle y tu patio.

Gracias a la Vida que me ha dado tanto
me ha dado la risa y me ha dado el llanto,
así yo distingo dicha de quebranto
los dos materiales que forman mi canto
y el canto de ustedes que es el mismo canto
y el canto de todos que es mi propio canto. 

(Violeta Parra)